A lista dos 57 parlamentares investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), acusados de envolvimento no esquema de superfaturamento de ambulâncias por meio de emendas ao Orçamento da União, pode aumentar.
O procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, vai usar como material para a abertura dos inquéritos o relatório parcial da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Sanguessugas entregue a ele hoje (16). De acordo com assessoria de imprensa da Procuradoria, a decisão sai, no máximo, até a próxima semana.
O relatório parcial foi entregue ao procurador pelo presidente da CPMI, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ). “Ele (o procurador) reafirmou que existem alguns casos que ainda não estão sendo investigados e que, com esses elementos, ele pode até solicitar a instauração de novos inquéritos no Supremo. Ele disse que vai examinar todo o material, porque já existem notícias de outros parlamentares que ainda não estavam com seus inquéritos instaurados”, disse o deputado.
Segundo Biscaia, o procurador vai se reunir com os procuradores nos estados para tratar do compartilhamento de informações sobre prefeituras acusadas de envolvimento com o esquema de fraude na compra de ambulâncias.
Prefeituras e ministérios serão o foco da CPMI nessa segunda fase, que vai investigar o Executivo. “Vamos agora realizar um trabalho em conjunto para essa parte, que permita o nosso relatório da segunda fase”, disse Biscaia.
O deputado informou que Antonio Fernando não soube precisar o número exato de prefeituras que serão investigadas, e que, por isso, conta com a colaboração da CPMI e da Controladoria-Geral da União (CGU).
“Ele não indicou nenhum número com relação a isso, só disse que o volume é muito grande”, disse. O deputado acrescentou que alguns estados já começam a colaborar com as investigações, com o envio de material para a CPMI e para a Procuradoria. “Recebi ontem documentos e indicação de vários municípios do estado do Paraná”, adiantou.