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STF manda Senado fazer sessão aberta sobre afastamento de Aecio Neves

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a votação do Senado Federal sobre as medidas cautelares aplicadas pela Primeira Turma do STF ao senador Aécio Neves (PSDB-MG) deverá ser aberta, ostensiva e nominal. O ministro concedeu liminar em mandado de segurança impetrado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede/AP).

“Não há liberdade sem responsabilidade, o que exige nos votos dos parlamentares a absoluta necessidade de prestação de contas a todos os eleitores”, afirma o ministro na decisão. Segundo ele, “a votação aberta, além de consagrar o respeito ao princípio republicano, respeita integralmente a independência parlamentar, cujo integrante poderá livremente se posicionar, a partir de sua consciência e da Constituição Federal”.

Ao conceder a liminar, o ministro decretou a não recepção da alínea ‘c’ do inciso I do artigo 291 do Regimento Interno do Senado Federal que prevê votação secreta, determinando a “integral aplicação” do parágrafo 2º do artigo 53 da Constituição Federal conforme a redação da Emenda Constitucional 35/2001. Na decisão, o ministro explica que a emenda “revogou corretamente a previsão existente na redação constitucional original que exigia ‘voto secreto’ para deliberação sobre a prisão do parlamentar – igualmente aplicável na presente hipótese de aplicação de medidas cautelares que, direta ou indiretamente impliquem cerceamento do mandato parlamentar”.

O ministro registra que a “votação aberta, ostensiva e nominal, no julgamento de condutas dos agentes políticos é a única forma condizente com os princípios da soberania popular e da publicidade consagrados.

O Senado deve fazer hoje a sessão para decidir e mantém a decisão do STF ou muda. Além de estar suspenso do exercício do mandato, desde 26 de setembro, o senador Aecio Neves ainda não pode sair de casa à noite e foi obrigado a entregar o passaporte. Ele foi gravado pedindo R$ 2 milhões de propina, segundo a PGR, para o empresário e delator Joesley Batista, da JBS, que está preso. Aecio diz que seria um empréstimo para pagar advogados.

Havia articulação para a votação ser secreta ou que evitaria desgastes entre os aliados de Aecio que estariam propensos a votar pela derrubada da decisão do Supremo.

 

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