Está prevista para esta segunda-feira (3), às 9h, a sessão para julgar o vereador Maximino Vanzella (DEM). O relatório da comissão de ética que pede a cassação por quebra de decoro foi lido na sessão de terça-feira (28). Vanzella não compareceu e entregou atestado médico justificando sua ausência. Seu advogado, Ronan Oliveira, que reside em Cuiabá, também não participou pois disse que não foi notificado sobre a data.
Conforme Só Notícias já informou, o relator, vereador Luis Fabio, concluiu que Vanzella "teve conduta incompetível com o parlamento, faltando com o decoro ao menos de forma tentada". A comissão, que ouviu vários depoimentos durante 3 meses, responsabilizou o parlamentar por ter participado de articulação de um suposto atentado (que não ocorreu) contra suplente Cícero Zimmerman, do mesmo grupo de Vanzella, mas seria atribuída a culpa ao ex-vereador Jaburu (que é do grupo de oposição) ao do acusado. O caso seria de 2011 e a mesma denúncia foi analisada pela Polícia Civil, ano passado, sendo arquivada. A denúncia foi feita à comissão pelo vereador Hilton Polesello, corregedor do legislativo.
Vanzella, que está afastado de suas funções, por decisão do legislativo, há mais de 3 meses, contestou o relatório da Comissão de Ética. "Tudo que está lá, mostra que eu não tenho nenhuma culpa. Mas como tem interesse político, eles estão fazendo isso", destacou , acrescentando que "eu estava incomodando na câmara quando denunciava vereadores da oposição". Ele acabou desabafando dizendo que está se "sentindo constrangido com essa situação. Sei que vou ser cassado, mesmo sendo inocente. Peço desculpas a minha família e a sociedade".
Ano passado, três vereadores do grupo de oposição (Chagas Abrantes, Jaburu e Roseane Marques) foram cassados por acusação de pedirem propina ao prefeito em troca de apoio na câmara.
A comissão de ética também investigou, há alguns meses, o ex-vereador Paulo da Farmácia que acabou renunciando o mandato alegando questões políticas.