A vereadora Jane Delalibera (PL) registrou boletim de ocorrência alegando que “vem sofrendo pressões por parte do presidente da câmara, Rodrigo Matterazi, do corregedor da câmara, Emerson Farias e do assessor jurídico, Fernando Mascarello” após ter apresentado o requerimento 146, que solicita da prefeitura auditoria imediata na Unidade de Pronto Atendimento.
De acordo com o boletim de ocorrência, a vereadora relatou que vem “sofrendo represálias” e que, em 26 de junho, participou de reunião para falar a respeito de denúncia que uma médica da UPA teria feito em seu desfavor, após a aprovação do requerimento. Nesta reunião, ela teria discutido com o assessor jurídico Fernando Mascarello.
Jane disse, em nota, hoje, ao Só Notícias, que está “aguardando o presidente me fornecer a gravação da reunião onde ficará provado as retaliações e ofensas que sofri para poder representá-los”.
No boletim, registrado em junho, a natureza da ocorrência foi registrada conforme o artigo 147-B, do Código Penal, que tipifica o crime de violência psicológica contra a mulher, definido “como causar dano emocional que prejudique sua integridade ou desenvolvimento”.
No requerimento apresentado em junho, a vereadora justifica o pedido de auditoria “após denúncias de superlotação, falta de insumos básicos, dificuldade de encaminhamento de pacientes para unidades especializadas, insuficiência de leitos hospitalares, além da permanência prolongada de pacientes na UPA”.
Outro lado
Procurado pelo Só Notícias, o presidente da câmara, Rodrigo Matterazzi, disse que foi “pego de surpresa” e que se manifestará em breve.
O vereador Emerson Farias (PL) informou que se pronunciará, através de nota, nesta quinta-feira.
O assessor Fernando Mascarello disse, em nota, que os “procedimentos sob sua responsabilidade seguiram rigorosamente o regimento interno, a lei orgânica e as demais legislações aplicáveis, agindo sempre nos limites de suas atribuições de assessoramento”, “sem jamais proferir decisões ou determinações processuais”. Ele alega ter “sido alvo condutas que considera inadequadas por parte da vereadora, incluindo assédio moral e abuso de poder, pelo simples cumprimento de seus deveres funcionais” e que formalizou, na câmara, “representação por quebra de decoro parlamentar e assédio moral”.
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