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Sorriso: presidente diz que manifesto na câmara foi de “cabos eleitorais”

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A 29ª sessão ordinária, realizada ontem (8), não teve votação de matérias já que a pauta está obstruída há três semanas por decisão da bancada oposicionista. A medida tem como objetivo pressionar o Executivo a encaminhar à Casa de Leis o projeto de lei que autoriza a prefeitura a doar uma área no Loteamento Villa Romana ao IFMT (Instituto Federal de Educação, Ciência Tecnologia de Mato Grosso). Durante a sessão, populares se manifestaram com faixas ofensivas aos parlamentares. Para manter a ordem, o presidente da Câmara de Sorriso, Chagas Abrantes (PR) pediu para que as pessoas se mantivessem em silêncio durante o pronunciamento dos vereadores em obediência ao regimento interno da casa.

Alguns mais exaltados foram convidados a se retirar do plenário. “Estamos vivendo um momento de instabilidade entre os dois poderes por conta desse projeto do terreno para o Instituto e espero que vocês entendam isso”, explicou.
Logo após, Chagas apresentou um vídeo mostrando uma entrevista gravada com o reitor do IFMT, José Bispo Barbosa, esclarecendo que a área no Villa Romana é de excelência para o instituto.

Ao término da sessão, o presidente disse que a manifestação foi feita por “alguns cabos eleitorais e funcionários de uma empresa que presta serviços públicos vieram para a câmara sem o mínimo conhecimento do que estamos discutindo. Ficamos tristes porque essas pessoas estão sendo usadas enquanto estamos defendendo uma causa que é de interesse delas, que é a educação pública de qualidade”, disse, através da assessoria.

Chagas acrescentou ainda que mesmo aceitando o protesto, que faz parte da democracia, lamenta a origem do mesmo. “Percebemos que o fundamento disso é o interesse comercial muito forte que beneficia um grupo político que está no poder”, finalizou.

O presidente também questionou, em entrevista ao Só Notícias, o posicionamento do líder do prefeito, Maximino Vanzella (DEM) que apontou a impossibilidade de ser votado, este ano, outro projeto de doação de área para construir o campus porque houve reprovação de projeto semelhante anteriormente. “Não é verdade. O regimento não diz isto. Basta apenas a prefeitura enviar um outro projeto doando a área (para o IFMT), desde que seja a mesma que o prefeito se comprometeu em 2008 ( Vila Romana) e nós votamos na segunda-feira. O que não aceitamos é construir o instituto nesta outra área, cujo projeto foi reprovado, sem energia, água e internet banda larga, a 7 km da cidade”, rebateu.

 

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