Vinte e um dos 24 deputados estaduais disputam a reeleição nesse ano. Apenas Dilceu Dal Bosco (DEM), Otaviano Pivetta (PDT) não tentarão mais um mandato na Assembleia Legislativa. Percival Muniz (PPS) até o meio-dia de ontem estava indeciso sobre seu destino. Ele fora lançado ao Senado, mas com receio cogitou tentar a reeleição. De qualquer forma eles não pretendem abandonar a política. Os dois primeiros disputam cargos no Executivo.
A maioria dos deputados estaduais vai pleitear mais um mandato mesmo existindo casos emblemáticos como Chica Nunes e Gilmar Fabris (ambos do DEM). Cassados por compra de voto nas eleições de 2006, eles exerceram os mandatos por força de liminar e agora sonham com mais uma temporada na Assembleia apesar da ameaça da Procuradoria Regional Eleitoral em impugnar as candidaturas com base na Lei da Ficha Limpa, que tornou inelegível pessoas condenadas em órgãos colegiados por vários crimes.
Chica e Fabris garantem estar tranquilos apesar de já terem sido condenados a partir da segunda instância, como é o caso da condenação do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) por compra de votos. Apesar do grande número de concorrentes, a média é de 40% a 50% de renovação a cada eleição na Assembleia. Em 2006, houve um recorde histórico, quando apenas 10 parlamentares (58%) conseguiram reassumir as cadeiras através do voto.
No caso de Dal Bosco, ele é candidato a vice-governador na chapa do ex-prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB). O parlamentar garante que foi difícil tomar a decisão de abandonar o sonho com o terceiro mandato consecutivo. “O senador Jaime Campos (DEM) falou comigo duas vezes e eu tentei resistir. Da terceira vez, nem deixei ele falar e aceitei”.
Pivetta é candidato a vice-governador na chapa do empresário Mauro Mendes (PSB) e também adota um discurso similar a Dal Bosco, já que ambos militam na oposição ao governador Silval Barbosa (PMDB). Já Percival Muniz anunciou candidatura a senador, apesar dos fortes rumores que apontam uma eventual desistência dele para disputar a reeleição, já que isso seria mais fácil que a disputa ao Senado. Qualquer mudança deve ocorrer até segunda-feira (05), último dia para os partidos requerem registros de candidaturas.