quarta-feira, 8/maio/2024
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Sinop: vereador propõe CPI para apurar caso de medicamentos vencidos

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O vereador Roberto Trevisan, o “Betão” (PROS), propôs, ontem à noite, na sessão da câmara, a criação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para investigar o caso dos medicamentos vencidos. Ele informou ao Só Notícias que pretende levar o pedido de CPI adiante, assim que a prefeitura responder o requerimento de Zeila Benevides (PSDB) que cobra diversas informações da Secretaria de Saúde. “Foi uma compra mal feita. A gente tem que saber porque foi comprado tanto medicamento que não seria usado. Quem deu a ordem de serviço?”, questionou.

O caso veio a tona após a vereadora Zeila ter ido ao almoxarifado da secretaria de Saúde e constatado alguns lotes de medicamentos vencidos. Mais de 9 mil frascos de sulfametoxazol, usado para tratar infecções bacterianas, foram encontrados vencidos. Para ela, apesar de a compra dos medicamentos ter ocorrido na gestão do antigo secretário de Saúde, Mauri Rodrigues de Lima, o atual secretário, Francisco Specian, também é responsável, uma vez que “ele poderia ter dado uma destinação aos medicamentos”.
 “O que questionamos é que ele deveria ter enviado os remédios para os postos de saúde. Ou então ter procurado outros municípios e proposto uma troca. Eu digo e repito: medicamento não vence. Se não serve para uma coisa, serve para outra”, declarou, sendo imediatamente respondida por Betão que afirmou que a vereadora “não tomou conhecimento sobre a situação”, já que “não se pode simplesmente pegar caixas de medicamentos e sair distribuindo para outras cidades”.

A prefeitura informou que os remédios vencidos são encaminhados ao almoxarifado e quanto atingem certa quantidade, tem a destinação final adequada, como incineração. Em defesa do secretário, Betão defendeu que uma CPI irá mostrar os verdadeiros culpados. “Me parece que estão querendo insinuar que a culpa dos medicamentos vencidos é do atual gestor sendo que nem foi ele o responsável pela compra. Na época, o Francisco receitou o remédio que era o mais usado e era o melhor para a população. Agora podemos fazer uma CPI dos medicamentos para saber porque foi comprado tanto medicamento assim e aí vamos ver de quem é a culpa", disse.

Os vereadores aguardam resposta da prefeitura em relação ao requerimento para posteriormente ser avaliado se o caso será levado ao Ministério Público e se uma CPI será instaurada na câmara ( são necessárias as assinaturas de cinco vereadores). A oposição tem 4 votos.

A prefeitura tem 15 dias para fornecer as informações solicitadas pelo elgisaltivo. Zeila também apontou outras irregularidades no prédio da secretaria como, por exemplo, a inexistência de janelas ou saída nos fundos.
 

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