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Sinop: TCE julgará contas do ex-prefeito Juarez Costa na próxima semana

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O Pleno do Tribunal de Contas do Estado (TCE) julgará, na próxima terça-feira (14) as contas anuais de governo do ex-prefeito de Sinop, Juarez Alves da Costa. Serão julgadas as contas referentes ao exercício 2016. O relator do processo é conselheiro Moises Maciel. Ainda não foram divulgadas informações relativas ao processo.

No mês passado, o Pleno do TCE deu provimento parcial ao pedido de rescisão proposto por Juarez com o objetivo de afastar a responsabilidade dele quanto a irregularidades no pagamento de horas extras e diárias para servidores. No julgamento de uma representação externa, o TCE havia condenado o ex-prefeito ao pagamento de multas e ressarcimento dos valores pagos indevidamente. Posteriormente, a Corte de Contas modificou apenas a decisão do acórdão nº 2.228/2014-TP no que se refere a despesas com contas telefônicas, mantendo todos os demais aspectos da decisão inicial.

O relator, conselheiro interino Isaías Lopes da Cunha, pontuou os devidos ressarcimentos de valores impostos ao ex-gestor, sendo o primeiro no montante de R$ 3.548,28, em virtude de pagamento indevido de horas extras para servidores que se encontravam em gozo de férias e/ou de licença médica. No segundo caso, foram pagas diárias no valor de R$ 7.097,50 a um motorista que não teria viajado. Por último, Juarez foi condenado a ressarcir R$ 6.120,00 relativos a diárias concedidas a um servidor que recebeu 40 horas extras mensais durante licença médica.

A equipe de auditores enfatizou em seu relatório que a Lei Orgânica de Sinop pontua que é de responsabilidade do prefeito zelar pelos gastos públicos. O conselheiro relator frisou que a concessão de diárias a servidor exercente da função de motorista em período no qual não realizou viagens, assim como o pagamento de horas extras a servidores que gozavam de férias e licença médica, consistem em condutas que violaram flagrantemente a Constituição Federal.

"Quanto ao entendimento de que inexistiu má-fé, penso também que os atos violam a legalidade, legitimidade ou economicidade, não se exigindo o dolo tal qual exige a legislação penal ou a Lei de Improbidade Administrativa, bastando para que haja a responsabilização, a existência de uma conduta (comissiva ou omissiva), um resultado e o nexo de causalidade entre uma e outro, resultando na produção de um dano ao erário", finalizou o relator.

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