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Sinop: requerimento é apresentado mas comissão para investigar indicações não é criada

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Só Notícias (foto: arquivo/assessoria)

A abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar cargos indicados por vereadores no poder executivo ficou inviabilizada porque um vereador decidiu retirar, de última hora, a assinatura do requerimento. Na sessão de ontem à noite, o vereador Ícaro Francio Severo (PSDB) protocolou o pedido de instauração da comissão com 5 assinaturas: Ícaro, Dilmair Callegaro (PSDB), Luciano Chitolina (PSDB), Adenilson Rocha (PSDB) e Agnaldo do Alto da Glória (PR). Mas, no decorrer da sessão, Agnaldo, que assumiu na câmara este mês no lugar de Billy Dal Bosco, recuou e abertura da CPI não foi mais possível.

Agnaldo alegou que a investigação deveria ser extensiva ao Poder Legislativo, ou seja, apurar cargos indicados pelos vereadores dentro da própria câmara municipal. Ícaro entendeu tal preocupação e concorda que a apuração deve ser ampla, porém explicou que “o pedido de uma CPI exige a definição de um fato determinado. E o fato determinado de nosso pedido é a fala do vice-prefeito na TV, que disse especificamente sobre cargos no Executivo e nas Secretarias Municipais. Mas é preciso deixar claro que nada impediria a apuração de cargos indicados no Legislativo caso a CPI fosse provocada”, defendeu, através da assessoria.

“Fui surpreendido com a retirada da assinatura. Porém, quero destacar que fiz a minha parte e pedi a instauração da CPI”, disse Ícaro que solicitou a CPI após o vice-prefeito Gilson de Oliveira declarar, no último dia 5, que vereadores indicaram aliados para cargos na prefeitura e nas secretarias municipais. Na última semana, Ícaro cobrou esclarecimentos do vice-prefeito. “Eu não tenho, nunca pedi e nunca vou pedir cargos. Entendo que ele [Gilson de Oliveira] deve esclarecer, deve dizer quais são esses cargos, quem os indicou e onde essas pessoas estão lotadas”.

O vereador também salientou que, quando o vice-prefeito declara momentos depois “vai lá e entrega todos os cargos lá para a prefeita, aí todo mundo faz o que quiser na câmara”, Gilson sugere que os votos dos vereadores estariam condicionados aos cargos indicados e que para terem uma atuação independente dentro do Legislativo, bastariam que os vereadores abrissem mão de seus cargos indicados no Poder Executivo.

 

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