O Ministério Público de Sinop entrou no Judiciário com Ação Civil Pública contra 14 acusados na Operação Navalha, deflagrada pela Polícia Federal (PF). Entre eles estão o dono da empresa Gautama, Zuleido Veras, e o prefeito de Sinop, Nilson Leitão.
A promotora Laís dos Santos afirma que eles são acusados de superfaturamento, direcionamento de licitação e improbidade administrativa na obra da rede de esgoto do município. Se a Justiça acatar o pedido, todos terão de pagar R$ 20 milhões.
Na ação a promotora deixa claro que, embora os recursos não foram liberados e a obra não foi feita, a cidade sofreu um dano em sua imagem.
A Operação Navalha, deflagrada no dia 17 de maio, investiga um esquema de desvio de recursos públicos federais, por meio de fraudes em licitações. Zuleido Veras seria chefe do esquema, operando através da Construtora Gautama.
A ação proposta pela promotora de Sinop será encaminhada ao Tribunal de Justiça que analisará se vai acatá-la ou não.
As investigações na licitação da rede de esgoto iniciaram pela Polícia Federal e os acusados na Operação Navalha depuseram para a ministra Eliana Calmon, do Superior Tribunal de Justiça e para um representante do Ministério Público Federal. O Ministério Público Federal ainda não ofereceu denúncia contra o prefeito de Sinop ou o ex-secretário de Desenvolvimento Jair Pessine, acusados de favorecimento na licitação das obras.
Outro lado
A Prefeitura de Sinop divulgou uma nota, esclarecendo que “não estará se manifestando porque, até o presente momento, não foi citada ou notificada pelo poder Judiciário; assim que receber a notificação, a Procuradoria Jurídica do município estará se pronunciando à respeito; as informações ou mesmo a existência de uma denúncia só são conhecidas pelas veiculações feitas através de órgãos de imprensa e que a Procuradoria Jurídica já considera a denúncia oferecida pelo Ministério Público Estadual (MPE) totalmente infundada.
(Atualizada às 13h23)