O delegado do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Carlos Eduardo Muniz, disse que já instaurou o inquérito que investiga a morte da estudante Rurye Perossi Youssef, 16 anos, registrada no sábado de madrugada. Os policiais começaram a ouvir os depoimentos de algumas testemunhas com a finalidade de identificar os suspeitos que estavam em um veículo e quem atirou na adolescente. “Diante dessas informações pretendemos prender os acusados e saber qual a motivação. Após o crime, nossa equipe recebeu inúmeras informações e áudio narrando como foi o crime. Já estamos analisando às informações”.
O áudio, com voz de um homem, relata como o crime teria ocorrido e teria sido gravado por um estudante, amigo de Rurye, que estava ao lado dela no momento dos disparos. Ele diz que estava ao lado da menor, quando o veículo com os suspeitos passou. Em seguida, o mesmo retornou e, um dos ocupantes, começou a atirar.
“Foram de quatro a cinco tiros, eu ouvi. Achei que não era nada, mas senti que estilhaços atingiram as minhas pernas. Depois ela [vítima] caiu e tentei segurá-la, mas não consegui. Achei que ela estava se protegendo, pois todos que estavam próximos (alguns jovens) se deitaram no chão. Depois vi ela [Rurye] sangrando”, diz, em um trecho da gravação que teria sido enviada a outra pessoa por aplicativo de celular. O conteúdo está sendo investigado pela Polícia Civil.
Conforme Só Notícias já informou, a estudante foi sepultada, ontem à tarde, no cemitério municipal. Ela foi atingida por dois tiros na nuca e na cabeça quando estava com um grupo de amigos, no residencial Recanto Suíço (bairro novo e ainda sem obras, próximo ao centro da cidade). O Corpo de Bombeiros foi ao local e constatou que a garota já estava sem vida. Consta no boletim de ocorrência que um veículo branco (marca e modelo não confirmados) se aproximou dos jovens que estavam no local e um dos três ocupantes disparou algumas vezes. Em seguida, os suspeitos fugiram.
A motivação do crime ainda é desconhecida e passa a ser investigada pela Polícia Civil. Rurye era natural de São Paulo (SP) e estudava em um colégio particular em Sinop.