O senador Pedro Taques (PDT) afirmou, ontem à noite, em Sinop, que a presidente Dilma Housseff (PT) “deve, e muito,” para Mato Grosso referindo-se a investimentos em obras para resolver muitos problemas nas áreas de saúde, educação, infra-estrutura e logística. Taques diz que o governo federal sempre promete muito e pouco faz. Ele citou como exemplo as dificuldades no setor de logística que encarecem o transporte da safra agrícola do Estado (que é campeão nacional na produção de grãos). “Nunca se resolve e há anos foi só promessa”, atacou.
O senador expôs que são quase 45 milhões/toneladas de grãos produzidas que Mato Grosso tem grande rebanho bovino e é forte exportador. Mas, em contra partida, “o governo do (PT) não se preocupa com o Estado”.
A demora na conclusão das obras da BR-163 do Nortão a Santarém (PA), onde está o porto, vem se arrastando desde o governo Lula. São mais de 4 anos em obras no trecho de aproximadamente mil kilômetros. Houve inúmeros atrasos e a nova previsão do DNIT – Departamento Nacional de Infra-estrutura- é que ficará pronta em 2015. Quando estiver pavimentada, vai reduzir em mais de 20% o custo de transporte de grãos do Nortão e Médio Norte, em relação ao transporte feito via porto de Santos (SP).
Taques participou em Sinop de um seminário de Direito de uma faculdade e faz palestra para acadêmicos e professores. Na entrevista ao Só Notícias, também abordou, rapidamente, o atual cenário político estadual diante das mudanças partidárias que ocorreram nas últimas semanas. Pré-candidato a governador, Taques disse que as mudanças “fazem parte da democracia. Umas saíram e outros pessoas também vieram para o PDT”, disse, referindo-se a desfiliação do produtor Eraí Maggi, que mirou para o PP com pretensão de disputar o governo estadual. Se ficassse no PDT, não teria espaço porque Taques deve disputar.
