
O Fernando Assunção (PSDB) afirmou ao Só Notícias considera que passou da hora do prefeito prestar esclarecimentos da grave denúncia e da investigação da Polícia Federal. Após as denúncias, em junho, vereadores aliados de Juarez disseram que ele iria se explicar so parlamentares. “É uma denúncia muito grave e na verdade, ficou um vazio, um silêncio. A câmara é a casa do povo e acho que ele merece explicações”, declarou, ao reforçar também que materiais relativos à denúncia foram encaminhados ao Ministério Público Eleitoral.
O posicionamento também é partilhado pelo legislador Wollgran Araújo de Lima (DEM), destacou a manutenção da cobrança e que deve abordar o assunto antes do calendário legislativo encerrar este ano. “Temos mais 3 sessões e até agora nada, não houve nenhum posicionamento, nem comunicado”, afirmou.
O empresário Mendonça, que operava empréstimos fraudulentos (juntamente com Eder Moraes) e eram pagos com recursos públicos, disse para a Polícia Federal, em depoimento, que foi procurado, em 2009, pelo membro do TRE, Eduardo Jacob, "orientado pelo governador Silval Barbosa" para levantar a quantia emprestada de R$ 500 mil para pagamento de propina para Evandro Stabile" com objetivo de "resolver o problema da cassação de Juarez".
Consta no inquérito que Stabile recebeu ação cautelar onde Juarez recorria da cassação, em 30 de junho de 2009, às 17:52hs e às 17:58hs foi encaminhada decisão (liminar) à secretaria judiciária do TRE, despachada por Stabile, para que o prefeito sinopense continuasse no cargo. Junior Mendonça também apontou, em depoimento, que Juarez "estava com medo de trazer elevada quantia de Sinop", tendo feito o empréstimo a Eduardo Jacob e recebido cheque como garantia. "O empréstimo teria sido pago também em espécie, por este, tendo resgatado título de crédito como garantia".
Outro lado
Sócio do escritório que defende o prefeito, o advogado Rafael Baldasso explicou ao Só Notícias que até o momento, o gestor não notificado em relação à qualquer processo decorrente da operação. “Recebemos a notícia sobre a citação do nome do Juarez pela imrensa”, afirmou. O advogado lembrou que suposta compra de sentença também chegou ser alvo de outra operação da PF, a Asafe, em 2010. “Mas como não se levantou nada, nada ficou comprado e isso foi descartado”. Ao falar com a imprensa pela primeira vez, em julho, após a denúncia, Juarez alegou que não conhece Júnior Mendonça e nunca teve contato com ele.
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