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Sinop: empresa alega que crise atrasou início das obras da nova rodoviária; vereador contesta

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Só Notícias (foto: Só Notícias/arquivo)

A comissão especial da câmara municipal criada para investigar o contrato entre a prefeitura de Sinop ouviu, ontem à tarde, diretor presidente da empresa vencedora da concessão para construir a nova rodoviária, José Virgílio. A concessão foi em 2014 e a obra deveria ser entregue em 2016, mas ainda não começou. Virgilio alegou as crises econômica e políticas no período. “2016 foi o auge da crise. 2016, 2017 e 2018 uma crise política e econômica muito grande no Brasil como um todo. Esse foi o principal motivo. Depois, vários projetos tiveram de ser modificados. Houve mudanças para melhor e não teve como ser executado antes de 2019”, justificou.

O diretor expôs que os novos projetos foram apresentados porque estudos de viabilidade econômica mostraram que Sinop não comporta dois shoppings centers, uma vez que já há um em construção e o projeto deles prevê também dezenas de lojas, cinema e até um hotel. Sem resposta do “mercado” o projeto terá de ser feito em etapas.

A empresa deve protocolar hoje, na prefeitura, novo pedido com prazo de 60 dias para entregar o que deve ser o projeto definitivo. Segundo o diretor, se o pedido for aceito as obras podem iniciar em junho. O prazo de 12 meses para entrega pode ser revisto e a nova rodoviária ser inaugurada em até 10 meses depois de iniciada a obra.

Para o relator da comissão, vereador Dilmair Callegaro (PSDB), a resposta não convenceu porque Sinop tem  crescimento considerável. “Esse tipo de justificativa não convenceu. Até porque teve um edital, você saberia tudo que estava dentro do edital e o prazo para fazer a concorrência. Se ganhou é porque tinha um projeto definido para aquilo”. “Estamos com todos os prazos extrapolados e a preocupação da Câmara de Vereadores é que esse projeto saia do papel e num possível aditivo de contrato, que entre algumas cláusulas que deem efetividade. Não acontecendo, que se torne o contrato por encerrado e se faça outra concessão para a população não ficar esperando”, criticou, através da assessoria.

A comissão vai aguardar a posição do executivo municipal para seguir com as oitivas.

 

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