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Sinop: câmara propõe pagar parte do impacto financeiro da redução de jornada dos profissionais da Educação

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Uma audiência realizada hoje, entre o Sindicato dos Profissionais do Ensino Público (Sintep), professores e o representantes do executivo municipal resultou em um acordo, onde a câmara de vereadores se comprometeu em ajudar com uma verba no valor de R$ 350 mil para redução da jornada dos profissionais da educação. “Ficou definido que a câmara fará o repasse no sentido de auxiliar para que de fato, a secretaria de administração possa acatar a proposta do sindicato, de liberar em regime de urgência, a partir da semana a redução da jornada dos profissionais, em duas horas. Tendo esse posicionamento positivo, a partir de terça-feira voltaremos as atividades, e aguardando que essa documentação chegue e de fato e tenhamos a tranquilidade para não precisar fazer greve este ano”, enfatizou a presidente do Sintep, Maria Aparecida Lopes ao Só Noticias.

O sindicato garante que o município tem condições de atender ao pedido para diminuir de 40 para 38 horas semanais a jornada dos técnicos administrativos, e de 38 para 36 horas a jornada dos professores. Para embasar a solicitação, o Sintep aponta que, apenas em 2017, o município efetivou aproximadamente 1,5 mil novas matrículas, com recursos próprios. Segundo o sindicato, a partir de janeiro de 2018, essas matrículas entrarão no cota das transferências do Fundeb e representarão mais de R$ 5 milhões para o município. O sindicato diz que tal recurso seria suficiente para absorver o impacto financeiro da alteração das jornadas de trabalho.

A secretária de Educação, Esporte e Cultura, Veridiana Paganotti, explicou que a redução da carga dos profissionais que trabalham de 20 a 30 horas aula impactará financeiramente. “Nós temos 518 servidores de 20, 22 e 30 horas, um impacto de R$ 1,6 milhão aproximadamente para um ano de trabalho”. Ela esclareceu ainda que os professores que trabalham até 38 horas, não causarão impacto financeiro e  não terão perca salarial.

O presidente da câmara de vereadores, Ademir Bortoli (PMDB), garantiu que o legislativo repassará à prefeitura o montante. “Os professores estão solicitando a redução de duas horas na carga horaria, isso já uma lei que foi votada pela câmara na gestão passada. Nós pedimos realmente para que administração implante esse pedido. Nos comprometemos em auxiliar até 2018 com a folha de pagamento dos profissionais da educação para não onerar a administração”, reiterou o presidente.

Na audiência estiveram presentes as secretárias municipais de administração Ana Dias Costa, Finanças e Orçamento, Ivete Malmann, vereadores e diversos professores com cartazes de protesto.

 

 

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