A câmara definiu, ontem à noite, em sessão ordinária, comissão processante de ética e decoro para apurar acusações contra o vereador Gilsimar Silva (MDB) de, supostamente, ter participação em facilitação de encaminhamentos para cirurgias não reguladas pelo SUS. A comissão para avaliar o caso fica composta pelos vereadores Toninho Bernardes (PL), Zezinho Construtor (Solidariedade) e Ademir Debortoli (Republicanos).
O corregedor da câmara, vereador Marcos Vinícius informou, ao Só Notícias, que recebeu as acusações no dia 2 de junho. “Foram as vítimas na corregedoria da câmara informar que havia uma pessoa que cooptava pessoas necessitadas de cirurgias, através da assessoria do vereador Gilsimar”. “E essas pessoas eram operadas de uma maneira muito rápida, em uma cidade próxima. Embora pediam para elas documentos, como carteira do SUS, depois elas descobriram que essas cirurgias não eram reguladas. E grande parte dessas cirurgias teve erro médico que ocasionaram quase a morte de várias dessas pessoas”, disse o corregedor sobre as denúncias recebidas.
O vereador complementou que o caso está em investigação na Polícia Civil. “Entre 2024 e 2025, foram aproximadamente, eu acredito, que de cinco a seis pessoas, que inclusive prestaram depoimento em delegacia”. O corregedor também relatou que as denúncias apontam que os atendimentos foram em um hospital em Terra Nova do Norte.
A comissão tem prazo de 90 a 180 dias para avaliar as denúncias e deve ouvir o depoimento do vereador acusado e demais pessoas.
A regulação na rede pública de Mato Grosso funciona como uma lista de espera para atendimentos das pessoas que precisam de cirurgia.
Outro lado
Procurada por Só Notícias, assessoria de Gilsimar Silva informou que “o vereador não vai se posicionar, os autos serão esclarecidos no processo”.
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