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Silvio depõe na CPI do Paletó e diz que dinheiro entregue para prefeito de Cuiabá e deputados era propina

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O ex-chefe de gabinete do governo do Estado, na gestão do ex-governador Silva Barbosa, depôs, esta manhã, na Comissão Parlamentar de Inquérito da câmara Cuiabá, e voltou a afirmar que o dinheiro entregue para o então deputado Emanuel Pinheiro, prefeito da capital, era propina em troca de apoio político ao governo. Silvio afirmou que fez entre 8 e 10 pagamentos de R$ 50 mil e que, além do repasse gravado, houve outros, em espécie, e alguns em cheque. Ele afirmou também que o dinheiro entregue para Emanuel não era pagamento de serviço prestado por uma empresa de um familiar do prefeito, conforme Emanuel alegou.

Ao falar sobre a acusação de Emanuel Pinheiro, que teria mudado o contexto da gravação, Sílvio afirma que não tinha como ter havido essa alteração porque a pesquisa feita pela empresa de Popó Pinheiro (irmão do prefeito) ocorreu apenas em 2014, sendo que a entrega da propina ocorreu em 2013. Ele ainda diz que começou a gravar as entregas de propina porque constantemente recebia pressões por parte dos deputados.

Silvio cita ainda os deputados estaduais Mauro Savi (PSB) e Romoaldo Júnior (PMDB) chegaram a receber dinheiro com o compromisso de repassar para Emanuel, que em alguns momentos estava em reunião na Assembleia Legislativa. Ele complementa ainda que nunca foi questionado pelos deputados porque já sabiam do que se tratava o recurso.

Silvio também afirmou que a propina era para os parlamentares não investigarem fraudes que ocorriam nas obras do programa MT Integrado, de obras feitas na gestão de Silval. O dinheiro da propina vinha de empresas que executavam as obras e seu papel e quem entregava era o então secretário-adjunto da pasta, Vadísio viriato, um dos réus da operação Sodoma. Silvio repassava para os deputados. "Só queriam receber. Eles iam lá só pra receber, não queriam saber de onde vinha", afirmou.

O vereador Diego Guimarães (PP) perguntou a Silvio se mais algum servidor público sabia sobre o acordo de pagamentos de propinas aos deputados. Ele disse acreditar que somente Silval, ele, Valdísio Viriato, os deputados sabiam.

O advogado André Stumpf, que defende o prefeito Emanuel Pinheiro, questionou Silvio sobre a contratação de pesquisa eleitoral, feita pelo Instituto Mark ( do irmão de Emanuel). Sílvio diz que não sabe responder porque nao foi em ele quem fez a contratação e não tinha conhecimento de como os serviços foram prestados. Stumpf pergunta porque então Popó procurou Sílvio para fazer pagamento se não era ele o contratante e Sílvio afirmou que Popó ia para cobrar Silval Barbosa, mas tinha que passar por ele antes, já que era o chefe de gabinete.

Em instantes mais detalhes

(Atualizada às 13:50h)

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