O ex-governador Silval Barbosa foi transferido, por volta das 19hs, para uma cela no centro de custódia. Ele foi colocado em um veículo oficial, sem identificação, não estava algemado e houve escolta do quartel dos bombeiros no Verdão até o centro, onde estão presos seus dois ex-secretários – Marcel Cursi (Fazenda) e Pedro Nadaf (Casa Civil). Os três são acusados de receberem propina por terem concedido incentivos fiscais para uma empresa. Ele passa a dividir cela com mais 3 pessoas. Mas não deve ter contato com os ex-auxiliares.
A juíza Selma de Arruda, que mandou prendê-lo e decidiu que ele ficaria no quartel, mandou transferi-lo por considerar que o alojamento no quartel não oferece segurança necessária, além de ter 'estrutura' diferenciada de uma cela – tem frigobar, televisão e ar-condicionado. As celas, no centro de custódia, tem ventilador, televisor e refrigerador.
O ex-governador deve depor, nesta 3ª feira à tarde, na CPI da Sonegação Fiscal da Assembleia Legislativa (onde Nadaf já depôs) sobre as acusações que o governo concedeu incentivo para uma empresa e o dono disse à promotoria, em delação premiada, que foi obrigado a dar R$ 2,6 milhões em propinas durante 3 anos.
Outro lado
O advogado Francisco Faiad encaminhou nota, ao Só Notícias, expondo que ele e os demais defensores ainda não tiveram "acesso à íntegra da decisão para conhecer os motivos da transferência; ressaltamos que o ex-governador estava no Batalhão do Corpo de Bombeiros por determinação judicial, obedecendo todas as regras internas, além de receber visitas com a entrada devidamente registrada; respeitamos a decisão judicial de transferência, mas devemos recorrer, pois acreditamos que não há motivação idônea para alteração do local da custódia; Informamos também que em nenhum momento, desde sua detenção no Corpo de Bombeiros, Silval Barbosa esteve fora do local determinado pela justiça, ter tido acesso a aparelho celular e muito menos ido até sua residência, conforme divulgado erroneamente por alguns veículos de comunicação. Esses boatos, além de atrapalhar o andamento processual, denigre ainda mais a imagem de nosso cliente".
(Atualizada às 22:48hs)