
Do mesmo modo, os advogados de Eder encaminharam nota extra-judicial à emissora exigindo retratação. O ex-secretário esclarece que todas os procedimentos relativos ao VLT, desde lançamento de edital de licitação, aquisição e compras de materiais ocorreram depois de ter deixado o comando da extinta Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa), em 18 de abril de 2012.
De acordo com ele, os editais foram lançados em 23 de abril e 29 de setembro de 2012 e um terceiro, em 6 de maio de 2013, época em que a pasta era comandada pelo ex-secretário Maurício Guimarães. “Há uma perseguição nítida contra a minha pessoa que chega ao ponto de se cometer erros infantis de sequer ter o cuidado de observar a cronologia dos fatos”, disse.
Ele ressalva que o único envolvimento que teve em relação ao VLT, foi a participação na alteração da escolha do modal, o que ocorreu mediante a realização de audiências públicas, inclusive com a participação de representantes do MP.
Ainda, Eder destaca que, por mais de uma hora gravou entrevista para a reportagem, “mas estranhamente buscaram depoimentos antigos”, que ele afirma que não correspondem com a realidade uma vez que, formalmente, já se retratou de todos em fato reconhecido judicialmente.
A reportagem do Fantástico aponta ainda que o ex-deputado estadual e ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Riva (PSD), estaria envolvido em fraudes de licitações para a contratação de empresas gráficas, além da atuação de Éder e do ex-governador. Todos seriam investigados por crimes contra o sistema financeiro, trazendo como pano de fundo a situação em que se encontram as obras da Copa.
Já a AL, por meio de nota, afirma que não pode ser responsabilizada por atos isolados de gestores do passado e que também acompanha com preocupação as denúncias de possíveis irregularidades nas obras da Copa do Mundo, especialmente na implementação do VLT, sob a qual já se debate a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as responsabilidades.


