O governador Silval Barbosa (PMDB) afirmou, esta tarde, durante visita a Sinop, que o vice-governador Chico Daltro vai definir o que deve ser feito em relação um servidor, lotado na vice-governadoria, que teria alegado ter sido pago pelo consórcio vencedor na concorrência do veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), R$ 80 milhões para vencer a licitação. A reportagem foi divulgada no portal Uol, onde o próprio funcionário teria alegado intermediado o “negócio”. A informação foi rebatida pelo governador.
“É totalmente descabido isso. Porque na licitação, todos tiveram oportunidade [de ver a escolha]. Convidamos todos os órgão de controle para participar. Ela foi aberta, com cobertura da imprensa, ao vivo. Agora, alguém se sente prejudicado, que não venceu, começa o denuncismo”, disse Silval, em entrevista ao Só Notícias, durante passagem pela cidade, onde recepcionou a ministra da cultura, Ana de Hollanda. Questionado sobre a possibilidade de exoneração do funcionário, Silval destacou que “ele está no gabinete do vice-governador. Conversei com o vice-governador e não sei. […]. Certamente terá um posicionamento dele”, acrescentou.
O juiz federal Julier da Silva decidiu, na quinta-feira, que as obras de construção do VLT, em Cuiabá e Várzea Grande, podem continuar. A interrupção havia sido decidida semana passada. Ele havia tomado esta medida, acatando ação civil pública proposta pelos Ministérios Público Federal (MPF) e Estadual (MPE), apontado irregularidades. Elas iam desde a escolha do modal de transporte público até o estudo de viabilidade adequado.
O magistrado considerou que as provas apresentadas, de que haveria irregularidades no contrato não foram suficientes para manter a proibição da continuidade das obras na avenida Miguel Sutil, onde foram feitas as primeiras trincheiras. “Alegaram uma série de problemas que não tem dentro da contração com a empresa vencedora. Entramos na justiça e graças a Deus ela prevaleceu. Foi ontem a decisão. Agora se retomou com força total novamente as obras. 100% delas está em pleno andamento dentro da capital e da região metropolitana”, disse Silval.