O governador Silval Barbosa (PMDB) afirmou, hoje, que será descontado nos salários os dias não trabalhados dos professores e demais servidores da Educação que não voltaram ao trabalho a partir de hoje. “Infelizmente é um equívoco a forma como o sindicato está conduzindo esse movimento. Já determinei que a legislação seja cumprida com aqueles que insistirem na greve”, declarou. “Mais de 90% dos professores estão em sala de aula. Os focos mais resistentes estão em Rondonópolis e Barra do Garças. Já determinei que uma equipe seja enviada aos dois municípios e faremos o alerta aos professores. Pelo Estado, a legislação vai ser cumprida”, advertiu.
O governador ressaltou ainda que a reivindicação do salário atingir o piso nacional que é R$ 1.312 já foi acatada pelo Estado, mas houve resistência por parte dos sindicalistas. “O Estado apresentou a proposta de oferecer R$ 1,312 aos professores, mas, o sindicato exige que tenha impacto na tabela de todos os profissionais da educação, o que aumenta o custo da folha salarial em R$ 27 milhões. Não vou ser irresponsável e chegar no final do ano sem condição de pagar a folha salarial de todos os servidores do Estado”, justificou Silval.
“A categoria tem uma luta de 10 anos para ter o imposto de renda contabilizado dentro da receita. Desde janeiro devolvo 100% para a educação. Tinham uma luta para chamar concursados para que o efetivo fosse aumentado, chamei mais de 3 mil aprovados e até agosto vou completar a convocação de 5 mil. Não vejo motivos para paralisação, afinal, o salário não está atrasado”, questinou o
Na segunda-feira, o Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público decidiu manter a greve, mesmo com decisão judicial do desembargador José Tadeu Cury que determinou o retorno às salas de aula no prazo de 72 horas e pagamento de multa diária de R$ 50 mil por descumprimento.