O PMDB vai se reunir nos próximo dias para definir como será feito o pedido ao Tribunal Regional Eleitoral para que a Assembléia Legislativa de Mato Grosso emposse um suplente para a vaga do deputado estadual Válter Rabaello que deixou o partido após 27 de março, data limite fixada nesta quinta-feira pelo Supremo Tribunal Federal para ingressar no PP, pensando na eleição para a prefeitura de Cuiabá em 2008.
O vice-governador Silval Barbosa (PMDB) que na manhã desta sexta-feira tomou posse como governador em exercício – o titular Blairo Maggi está se licenciando para mais uma viagem ao exterior – disse que a decisão será exclusivamente do Diretório Estadual e de seu presidente o deputado federal Carlos Bezerra. Silval, entretanto, deixou transparecer que Valter Rabello deverá ter seu mandado cassado por ter deixado a agremiação partidária. “Sair de um partido político é complicado. Toda troca é um drama. Por isso não deixo o PMDB e sou contra a esta onda de troca-troca”, disse o governador em exercício.
Silval Barbosa fez questão de esclarecer que ainda não se aprofundou na análise do decisão do STF, mas ressaltou que a decisão de Valter Rabello em deixar o PMDB para ir para o PP em setembro foi um grande erro. “Todo o PMDB trabalhou para a vitória dele nas urnas. Foi um trabalho em conjunto, da militância que se uniu em torno de seu nome. Ele tinha toda a segurança dentro do partido para ser candidato à prefeitura de Cuiabá, inclusive com o apoio do próprio PMDB. Não deu para entender a decisão de deixar a nossa sigla partidária”.
O vice-governador ao abordar ao assunto concluiu em tom forte o pensamento da alta cúpula do PMDB e de sua militância sobre a decisão do deputado Valter Rabello. “Já que ele saiu do partido para ir para outra sigla terá de assumir toda a responsabilidade. Só ele pode dizer o motivo de sua saída. E existe um certeza não houve qualquer tipo de pressão por parte do PMDB”.
