O ex-governador Silval Barbosa acusou o senador Wellington Fagundes (PR) em sua delação premiada que autorizou o então secretário Cinésio Nunes, de Transporte e Pavimentação Urbana, a repassar para Welington (na época deputado federal e um dos aliados de Silval) um percentual dos valores pagos pelo Estado a construtoras que atuavam no programa MT Integrado. O percentual da propina não foi revelado mas o dinheiro viria das empreiteiras que faziam asfaltamento de rodovias. Silval disse também que Cinésio foi indicado para a secretaria por Wellington.
Conforme o ex-governador, poucas eram as empresas ligadas ao MT Integrado que deixavam de pagar propina. Silval afirma que muitas delas faziam acordos paralelos com membros do governo ou até mesmo com deputados estaduais, por meio de caixa dois de campanha eleitoral para serem beneficiadas no programa, que teria sido fraudado desde a fase de licitação, passando pela fiscalização até a execução.
No quesito fiscalização, as fraudes teriam contado com apoio de cinco conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que teriam exigido propina de R$ 53 milhões para não interferir no programa.
O senador Wellington Fagundes afirmou, hoje, desconhecer o teor das informações prestadas por Silval Barbosa a procuradoria geral da República e que só irá se manifestar depois que tiver acesso às informações. Ele destaca "que todas as doações recebidas para campanha constam em prestação de contas devidamente aprovada pela Justiça Eleitoral".