O ex-governador de Mato Grosso, Silval Barbosa deixou a sede da Justiça Federal de Mato Grosso ontem, após passar a tarde na 5ª Vara Federal, onde ocorreu audiência de instrução referente à ação penal da Operação Ararath. Driblando os jornalistas, fotógrafos e cinegrafistas, ele saiu pelo estacionamento privativo das autoridades que atuam no local, subindo a pé a rampa do túnel que dá acesso até a rua, onde o carro dele com o segurança o aguardava, segundos depois de também desviar da imprensa.
Silval chegou por volta de 13h à sede da Justiça Federal em Mato Grosso, onde foi ouvido pelo juiz da 5ª Vara Criminal Jefferson Schneider. O ex-governador subiu a pé uma rampa até chegar na rua, onde o carro o aguardava.
O delator depôs sobre fatos envolvendo a Operação Ararath, que tramita em sigilo. Em outubro último, o Gazeta Digital divulgou que o ex-governador pediu absolvição sumária, o que foi negado.
Também prestou depoimento na Justiça Federal, o empresário Gércio Marcelino Mendonça, conhecido como Júnior Mendonça. Ele esteve na condição de testemunha arrolada pelo Ministério Público Federal (MPF), pois firmou acordo de colaboração premiada.
“Vim prestar esclarecimento sobre o fato Silval Barbosa. Não sei o número da ação, mas é referente à Ararath. (…) Vim como testemunha do Ministério Público, pois estou na condição de colaborador”, disse.
Ainda segundo Júnior Mendonça, o advogado Kleber Tocantins também iria prestar depoimento. “Não tem nada a ver com vaga do TCE. (Está lá) o Silval e, se não me engano, o Kleber Tocantis também está lá”, disse pouco antes de deixar a Justiça Federal, por volta das 14h40.
Conforme investigações, Júnior Mendonça fez parte do esquema junto com o ex-secretário de Fazenda, Eder Moraes. Eles atuaram como instituição financeira sem autorização do Banco Central por meio de uma empresa e fomento, que teria recebido uma transferência de R$ 5,2 milhões de Kleber Tocantins e seu irmão para manter ativo o esquema financeiro clandestino.
Por volta das 17 horas, o advogado Kléber Tocantins deixou o local, onde também prestou depoimento e evitou dar detalhes sobre o caso, alegando estar impedido pelo fato de ser colaborador do MPF