Um tratamento diferenciado para Mato Grosso por causa da sua extensão territorial e o fortalecimento do Pacto Federativo. Essas foram as reivindicações do presidente da Assembléia Legislativa, deputado Silval Barbosa (PMDB), durante a solenidade de abertura da 2ª Conferência das Cidades – Mato Grosso 2005, que encerra hoje (16), no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá. Ele também sugeriu ao ministro das Cidades, Marcio Fortes a firmação de convênios entre os governos federal e estadual para a efetivação de investimentos nos municípios e cobrou recursos para saneamento básico.
Outro pedido foi feito pelo coordenador do evento, secretário de Planejamento, Yênes Magalhães que defende pelo menos um representante de Mato Grosso no Conselho Nacional das Cidades, a partir do ano que vem. Essa entidade decide quais as reivindicações populares serão efetivadas como políticas públicas.
“Enfrentamos a crise do agronegócio e este é o momento para unirmos forças e firmar parcerias com os municípios e os governos estadual e federal para elaborar um planejamento que permita o desenvolvimento de todos os municípios com igualdade. Precisamos de um programa diferenciado, que insira a realidade de Mato Grosso”, afirmou, ao se referir a distância entre os municípios do Estado.
A abertura da conferência regional em Cuiabá teve a presença maciça dos delegados que representam todas as regiões de Mato Grosso. O ministro ressaltou a importância do evento por discutir os problemas de cada região. Questionado se o governo federal tem condições de atender as reivindicações das cidades, o ministro disse que ouve muita teoria e que tem cobrado muita solução prática.
Segundo Fortes, a antecipação das propostas discutidas nas conferências e que serão apresentadas em Brasília entre os dias 30 de novembro e 1, 2 e 3 de dezembro, facilitará o encaminhamento das reivindicações. “Quero ouvir quais são os problemas do Estado para antecipar as respostas no momento adequado em Brasília”, disse.
Na oportunidade, o governador Blairo Maggi informou que Mato Grosso possui diversos pedidos e citou a regularização fundiária; o saneamento básico e a questão da água, como alguns dos problemas graves do Estado. “Esperamos que essa conferência nos ajude a criar um programa específico para resolver o grave problema que vem se agravando a cada dia em Mato Grosso”, finalizou.