O governador Silval Barbosa e comitiva participaram, hoje, no último dia de agenda em Londres, da reunião com diretores do Banco do Brasil Internacional, entre eles o gerente do BB Securities, Eduardo do Nascimento, para apresentarem proposta de reestruturação da dívida pública do Estado de Mato Grosso. O governo propõe projeto para emissão de títulos da dívida pública, que hoje está em R$ 4,7 bilhões. O governador Silval Barbosa, que já ouviu a proposta de outros bancos, deixou claro ao BB Internacional que busca uma proposta que tenha indexador fixo e que esteja amarrado ao real, para que não fique suscetível ao câmbio. De forma que o Estado consiga pagar cerca de R$ 1 milhão ao ano com juros bem menores que os praticados atualmente.
A dívida de Mato Grosso foi contraída em 1998 e já foi renegociada por várias vezes, mas o Estado ainda paga uma carga muito alta de juros, conforme Silval Barbosa. Segundo ele, no ano de 2010 foram pagos R$ 876 milhões, com juros acima de 18%. É a soma do Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que deu 11,32% e mais 6,5% que é indexado pelo Governo Federal.
O gerente do BB Securities sinalizou positivamente ao dizer que há interesse em fazer esse tipo de renegociação, ainda mais em se tratando de Mato Grosso que tem apresentado bons índices de crescimento nos últimos anos. O que dão mais credibilidade para o Estado entrar neste mercado internacional e os investidores vejam Mato Grosso com bons olhos. “O governo não atrasa o pagamento [da dívida]. Um dos motivos que coloca Mato Grosso em posição privilegiada no mercado internacional”, assinalou Nascimento.
Com a reestruturação da dívida, o Governo do Estado pagará menos juros, economizando um montante de recurso que será usado para investimentos e não custeio. A intenção do governador é investir no projeto de interligação asfáltica dos 44 municípios mato-grossenses.
Integram a comitiva que acompanha o governador, o presidente da Agência de Execução dos Projetos da Copa do Mundo do Pantanal – Fifa 2014 (Agecopa), Eder Moraes, o secretário-chefe da Casa Militar, coronel PM Antonio de Moraes, e os deputados estaduais José Riva, Sérgio Ricardo e Guilherme Maluf.
