O ex-governador Silval Barbosa (PMDB) foi, enfim, notificado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das obras da Copa do Mundo de 2014 a comparecer à Assembleia Legislativa no dia 2 de junho para prestar depoimento. O peemedebista havia se negado a assinar a notificação porque não queria ser ouvido na condição de testemunhas, mas de colaborador das investigações.
Silval chegou a visitar o presidente da CPI, o deputado estadual Oscar Bezerra (PSB), em seu gabinete no Parlamento sob o pretexto de ser notificado. Na época, queria desmentir boatos de que não estariam sendo encontrado pelos servidores da Assembleia. Saiu, no entanto, sem assinar o documento por não concordar com seu teor.
Durante a última sessão da CPI da obras da Copa, realizada na última quarta-feira (22), Oscar chegou a afirmar que esperaria mais uma semana antes de decidir notificar Silval por meio de carta registrada. Segundo o socialista, o depoimento na condição de testemunha visa evitar que o ex-governador preste informações falsas, já que estará sob juramento.
Antes de ouvir Silval, a CPI realizará uma série de outras oitivas. A mais próxima será na terça-feira (28) com o superintendente Regional da Caixa Econômica Federal em Mato Grosso, Carlos Roberto Pereira. Ele já deveria ter prestado depoimento nesta semana, mas um erro da Comissão fez com que não fosse notificado a tempo.
No dia seguinte será a vez do gerente filial da Gerência Executiva do Governo, Manoel Tereza Pereira dos Santos. Ambos devem explicar os motivos de a Caixa Econômica ter continuado a pagar o financiamento da obra de implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), apesar de o próprio banco ter notificado Silval sobre irregularidades e atrasos no empreendimento.
Na terça e quarta-feira também serão ouvidos o auditor do Estado, Marcelo Zavan, que atuou na elaboração do Relatório 19/2015, da Controladoria Geral do Estado (CGE), sobre as obras do VLT, e o professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) Luiz Miguel de Miranda.