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Silval anda de VLT na Europa e define até maio sistema para MT

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O governador de Mato Grosso, Silval Barbosa, conheceu, hoje de manhã, o sistema de transporte urbano de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em funcionamento na cidade do Porto, em Portugal. Partindo da Estação Campo 24 de Agosto, Silval viajou no modal por 20 quilômetros em área urbana, conhecendo as mais diversas estruturas físicas e estações construídas para a instalação do trem que passa na superfície, em áreas subterrâneas e sobre pontes.

O diretor de projetos do Metrô do Porto, Manuel Teixeira, acompanhou a comitiva mato-grossense por todo o percurso e preparou uma apresentação para abordar desde o processo de implantação do sistema até os custos de manutenção. A cidade que recebeu a primeira linha de VLT em 2002, já conta com seis linhas distribuídas por 67 quilômetros de trilhos, 92 veículos e 80 estações para os usuários.

Cada vagão do trem de 35 metros comporta 240 passageiros e passa a cada seis minutos em fins de semana e feriados, a cada quatro minutos nos horários de pico e em eventos especiais o tempo de espera pelo usuário pode ser reduzido para dois minutos. “Em dias de jogo o Estádio do Dragão chega a receber um público de 48 mil pessoas. Transportamos cerca de 35% desse público. Quando o jogo acaba, em 10 minutos já não há mais ninguém esperando na estação devido a rapidez do sistema. Conseguimos transportar 10 mil pessoas por hora”, pontuou Teixeira.

A estação funciona em frente ao estádio e foi construída em 2003 para atender ao público dos jogos de futebol do Campeonato da Europa de 2004. “Precisamos encontrar uma solução para Cuiabá que tenha eficiência similar a que encontramos no transporte público aqui no Porto”, disse Silval Barbosa.

O diretor do Metrô pontuou que a opção pelo VLT no município foi uma alternativa para resolver os problemas de trânsito e do excessivo número de veículos nas áreas de patrimônio histórico. “O trem chegou como solução na década de 90, época em que o acesso ao crédito estava muito fácil e todo mundo estava comprando carro. Com o metrô houve quebra de paradigmas e uma mudança de postura da população, que hoje deixa o carro em casa para chegar mais rápido usando o trem”, disse Teixeira.

Ele explicou ao governador que três tópicos são fundamentais para embasar o projeto. O grupo utilizou 31 pontos de revisão, que vão de paisagismo à reestruturação urbana. Já para a eficiência na operação é preciso considerar a funcionalidade, a acessibilidade, desde o sistema de bilheteria até a rede de parques para estacionamento e a facilidade na manutenção, com o uso de equipamentos e estruturas padronizadas – que permitam rápidos reparos se necessários.

Em Porto, 20% dos deslocamentos são realizados pelo metrô, com um fluxo de 230 mil pessoas ao dia. A cidade conta com uma população de 1,4 milhão de habitantes. O custo da obra foi de 17 milhões de euros por quilômetro, incluindo estações, desapropriações e trabalhos de reabilitação urbana, de 23 milhões de euros por quilômetro nas áreas de túnel.

O gestor público salientou para o governador que foi necessário o fechamento de algumas ruas e abertura de outras, mas que sempre houve o apoio popular. “Todos sabiam que o transporte melhoraria muito. Antes se levava uma hora para fazer um trecho de 14 quilômetros de carro, que agora se faz em 15 minutos com o trem elétrico”, complementou Teixeira.

Na cidade portuguesa o sistema é subsidiado pelo poder público. A passagem custa entre 1 euro a 1,5 euros para o usuário. O governo custeou toda a construção e contratou uma empresa por cerca de 100 milhões de euros para realizar a operação por cinco anos. Para manter a passagem a 1 euro, o governo subsidia 40% do valor da passagem. O Metrô pertence a uma sociedade anônima, que funciona exclusivamente com fundos públicos de Estado e prefeituras. “A eficiência desse modal de transporte impressiona. Precisamos avaliar todas as informações levando em conta a realidade da Capital para fazermos a escolha correta com o perfil da nossa população. Sem dúvida a apresentação foi esclarecedora”, falou o governador.

O presidente da Agecopa, Eder Moraes, frisou que até o fim de maio será definido o modelo que será instalado em Cuiabá e anunciado à população. Ao encerrar o passeio de VLT, a comitiva foi recepcionada pelo presidente da Câmara Municipal de Porto, Valetin Loureiro, e na tarde de sábado seguiu para uma reunião com um grupo de empresários que operam na implantação e operação do sistema elétrico do VLT.

Integram a delegação mato-grossense o presidente e o primeiro-secretário da Assembleia Legislativa, respectivamente, deputados José Riva e Sérgio Ricardo, o deputado estadual Guilherme Maluf e o secretário-chefe da Casa Militar, Antonio Moraes.

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