O governador Silval Barbosa (PMDB) não esconde o desejo em entrar na disputa pela cadeira no Senado Federal nas eleições deste ano. Em entrevista concedida durante a visita ao Navio de Assistência Social da Marinha (Nash), em Santo Antonio de Leverger (34 km de Cuiabá), hoje, ele destacou que “gosta de participar de eleição” e descartou concorrer a qualquer outro cargo que não a cadeira colocada em disputa no Senado Federal.
Segundo Silval, a única possibilidade de continuar à frente do Palácio Paiaguás e concluir o mandato até final de 2014 é o desejo de concluir e inaugurar todas as obras da Copa do Mundo. A decisão, no entanto, não será tomada sem a conversa com lideranças do PMDB e de outros partidos que compõem a base de sustentação à gestão.
“Só me motivo para disputar essa eleição, só deixo o meu governo, se for para disputar o Senado. Mas é uma decisão que não depende só de mim, dependo de um conjunto de todo o grupo, se vai fechar este arco de aliança mesmo. Fico no governo com a maior tranquilidade, mas eu sinto se também não puder entrar na disputa. Porque eu gosto de participar de eleição. As obras são o que me motivam a concluir o mandato”, disse.
Barbosa não anunciou um prazo para sua decisão, apenas disse que está avaliando o contexto e conversando com as lideranças que compõem o grupo da base. O chefe do Executivo estadual afirmou que mesmo que ele não seja candidato, o PMDB terá um nome na chapa majoritária. Seja com ele ao Senado, com um outro nome como candidato a governador ou a vice.
Como nomes viáveis dentro do PMDB, Silval citou a deputada estadual, Teté Bezerra, o deputado federal, Carlos Bezerra, o ex-secretário de Estado de Administração, Francisco Faiad e o médico Jorge Yanai, de Sinop (500 km ao norte de Cuiabá), que disputou as eleições de 2010. “Mesmo que eu não entre na disputa, o PMDB estará na majoritária, sem dúvida. Temos grandes nomes, o Faiad, a Teté, o Bezerra, Jorge Yanai, que é médico, já foi deputado, suplente de senador, um homem de grande expressão”, ressaltou.
Questionado se ele estaria bem avaliado para disputar as eleições deste ano, tendo em vista que o governo vem sofrendo desgastes em relação aos atrasos das obras da Copa, Silval ponderou que a hipótese de ganhar a disputa e afirmou que não existe eleição fácil.
Os partidos que compõem a base de sustentação, incluindo o PR, que negocia com o pré-candidato da oposição, senador Pedro Taques (PDT), possuem ao menos 5 nomes para disputarem o comando do Palácio Paiaguás.