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Setor financeiro lidera ranking de casos de consumidores não solucionados

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O setor financeiro – que abrange bancos públicos e privados, operadoras de cartão de crédito e empresas especializadas em empréstimos – concentra o maior número de reclamações de consumidores que não são atendidas. É o que mostra o Cadastro Nacional de Reclamações Fundamentadas, lançado hoje (15) pelo Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) do Ministério da Justiça.

De um total de 3.878 reclamações na área levadas aos Procons de 11 estados entre janeiro e agosto deste ano, 70,37% ficaram sem solução. “O que preocupou a gente, pelo menos nesse período, foi a área de assuntos financeiros”, afirmou o diretor do DPDC, Ricardo Morishita, durante o lançamento do cadastro. Em sua fase inicial, o banco de dados reúne informações do Acre, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Tocantins.

Segundo o diretor, o percentual extremamente elevado em relação às outras áreas se deve também à inclusão da empresa Avestruz Master nessa categoria. Com um percentual de 0,1% de atendimento, ela lidera o ranking das cinqüenta empresas que menos apresentaram soluções às reclamações levadas aos Procons estaduais.

De acordo com levantamento feito pelo DPDC, de 2.317 reclamações fundamentadas (caracterizadas como violações aos direitos do consumidor), apenas duas foram atendidas pela empresa, que teve falência decretada pela Justiça. Investidores que compraram títulos correspondentes a um avestruz para depois lucrar com a venda da carne e outros produtos do animal se sentiram lesados e recorreram aos Procons estaduais.

Depois da Avestruz Master, as empresas com mais reclamações não atendidas são a Hipercard (financeira), a NET Cobranças, a Unimed João Pessoa (saúde), a Telemar (serviços de telefonia), a Losango (financeira), a Caixa Econômica Federal, o Banco IBI, o Itaú e o Extra (rede de hipermercados).

Em termos absolutos, a Avestruz Master também foi a empresa com maior número de reclamações fundamentadas (2.317). Em seguida, vêm empresas que são fabricantes de celular ou operadoras de serviço de telefonia celular: Nokia (1.137), Vivo (709), LG (690), Benq Siemens (689), Gradiente (507), Claro (395), TIM (304) e Motorola (285). Em décimo lugar, está a loja de departamentos do Pará Yamada, com 283 reclamações.

Para Ricardo Morishita, o cadastro é importante não apenas porque permite que o consumidor conheça as empresas que tiveram mais reclamações, mas, sobretudo, porque possibilita que ele saiba qual o percentual de atendimento. “O consumidor vai até o Procon, apresenta uma reclamação e no final ele quer saber se a empresa atendeu ou não”.

O Cadastro Nacional de Reclamações Fundamentadas está disponível para consulta na internet, no endereço www.mj.gov.br/dpdc.

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