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Setor de móveis e eletrodomésticos reivindica manutenção de carga tributária para o próximo ano em Mato Grosso

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Representantes do segmento de móveis e eletrodomésticos de Mato Grosso se reuniram com o governador Pedro Taques para reivindicar a manutenção da alíquota do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) a 13% para o próximo ano. A alíquota original é 16%, mas um acordo no início deste ano, garantiu a redução até 31 de dezembro. O governador ficou de avaliar a proposta e se posicionar nos próximos dias.

Segundo o presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais (Facmat), Jonas Alves, o segmento de móveis e eletrodomésticos é um grande gerador de empregos e renda no estado. “É muito importante a manutenção da alíquota, pois é isso que tem permitido o crescimento do setor, mesmo com a perda dos incentivos fiscais. É isso que dá sustentabilidade às empresas. O papel da Facmat e das Associações Comerciais Estaduais é defender sempre um ambiente saudável, competitivo e isonômico para todos os setores econômicos”, afirmou por meio da assessoria.

O empresário Osvaldo Martinello destacou que “essa diferença de 3% na cobrança do imposto pode significar o lucro ou não de algumas empresas. Nós sofremos uma pressão externa muito forte, como as vendas pela Internet, incentivos fiscais de estados vizinhos, e somos impactados por isso”, afirmou. Sua empresa, a Eletromóveis Martinello, está há 28 anos em Mato Grosso, gera hoje cerca de 1.700 empregos nas 63 lojas em 48 municípios. Ainda este ano a previsão é de inaugurar mais três.

Segundo ele, existem empresas do segmento com centro de distribuição em Goiás e São Paulo que vêm com uma carga de incentivo muito forte competir com as empresas mato-grossenses. “Precisamos do amparo do governo para continuarmos com nosso segmento fortalecido no estado. Por isso a importância da reedição do decreto que amplia o prazo do benefício, redução vital para o nosso negócio”, reforça Martinello.

Para o controller de uma rede de lojas, Maurício Churkin, a manutenção da alíquota de 13% é primordial. “A nossa grande concorrência dentro do estado não é o lojista do mesmo segmento, mas a Internet. Se onerar os produtos, o consumidor vai buscar fora e eu deixo de gerar renda e emprego aqui”, diz. Ele destaca que a empresa saiu de 90 lojas para 99 este ano, em praticamente 60 municípios do estado, com a geração de aproximadamente 2600 empregos. “Na situação atual conseguimos aumentar a arrecadação, gerar mais empregos e renda. Se conseguimos aumentar as lojas, o estado ganha, a população ganha e o empresário ganha. É um ganha ganha, sem deixar ter fuga para outros estados”, pontuou.

Também presente na reunião o empresário Cláudio Schauren, dono de uma empresa de móveis e eletrodomésticos que vai inaugurar sua primeira loja em Cuiabá nos próximos dias. “Como somos uma empresa nova, que está nascendo, é muito difícil trabalhar sem previsibilidade. Vamos inaugurar em dezembro sem saber ao certo qual será a carga tributária do setor, questão que já deveria estar muito bem definida, sem precisarmos nos preocupar com isso. O cenário é de otimismo e será muito importante o governo manter essa carga até para que o setor continue pagando seus impostos corretamente, com a geração de ainda mais empregos”, declarou.

“Acredito que por meio da Sedec, da Facmat e da Assembleia Legislativa, que têm se empenhado para achar a carga tributária ideal, temos certeza que o governo vai buscar a fórmula ideal para fazer com que o este setor continue competitivo, desenvolvendo suas atividades em nosso estado e gerando empregos”, destacou o deputado Dilmar Dal Bosco.

Participaram ainda da reunião o secretário da Casa Civil, Max Russi, o secretário-Adjunto de Empreendedorismo e Investimentos da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Leopoldo Rodrigues Mendonça, e o prefeito de Matupá, Valter Miotto.

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