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Serys quer disputar o Senado e diz que só teme o “comitê da maldade”

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A senadora Serys Slhessarenko, do Partido dos Trabalhadores, reafirmou nesta sexta-feira seu desejo de disputar novamente a eleição para o Senado Federal em 2010. É o que consta do seu projeto político. Mas, até lá, há muito que se discutir. Principalmente dentro da sigla. Mesmo sendo candidata natural, ela declarou que tudo vai depender dos rumos que o partido vai tomar após o Processo de Eleição Direta (PED), no ano que vem. Destemida, acredita que vem conseguindo conquistar espaço no Senado, com condições de mostrar mais o seu trabalho parlamentar. Mas falou de um temor: a ação do malfadado “comitê da maldade”, instituto criado para as eleições no Estado.

Serys deixou claro que ainda ressente das acusações que lhe foram imputadas, de participação no esquema do grupo que se denominou “sanguessugas”. Na época do escândalo, seu nome apareceu como sendo beneficiária do desvio de dinheiro, através de integrantes de sua família. Até agora, segundo ela, nada restou comprovado. “Sequer fui chamada para responder alguma coisa e pedi que toda a minha fosse investigada pelo Senado” – comentou. Serys continua fazendo parte da Comissão de Ética do Senado.

Ainda assim, considera que as eleições em Mato Grosso têm se mostrado um palco onde a ética passa distante. A último eleição municipal se mostrou pródiga nesse campo. “Não devo nada a ninguém e não tenho nada a temer. Mas, muitas vezes, fazem coisas que até Deus duvida para ganhar a eleição” – disse, sem especificar valor ou origem.

Antes de vencer o “comitê da maldade”, Serys disse que vai precisar, primeira, viabilizar sua candidatura a reeleição. Além dela, parte do PT começa a se movimentar no sentido de alavancar o nome do deputado federal Carlos Abicalil, atual presidente do Diretório Regional, para disputar a vaga. “Vamos ver até lá o que acontece” – disse.

Outra variável que condiciona o projeto da reeleição de Serys diz respeito as discussões para formação da aliança de 2010. A senadora destacou que, a princípio, o PT deverá seguir com a aliança no Estado com o Partido da República, do governador Blairo Maggi. O partido têm hoje uma das principais secretarias do Governo, a de Educação. Essa base poderá até ser ampliada caso se confirme a disposição do DEM em seguir para a oposição. Seriam abertas em torno de 250 cargos, e o PT poderia ser beneficiado na redistribuição.

Na leitura de Serys, o PT deverá indicar a aliança uma vaga ao Senado. A outra, a princípio, seria entregue ao atual governador Blairo Maggi, que se desincompatibilizaria do cargo. Silval Barbosa, do PMDB, ficaria com o restante do Governo, em que pese o entrave político, já que a sigla peemedebista estaria praticamente fechando uma aliança nacional do PSDB e o DEM – que se repetiria em Mato Grosso, com Jaime Campos ao Governo.

Mas antes do processo de debate partidário, há a questão interna no PT. O PED “é uma guerra”, segundo a definição da senadora. No último processo eleitoral, a senadora perdeu a disputa contra Abicalil, em que pese seu grupo controlar os diretórios das cidades mais importantes, como Cuiabá, Rondonópolis, Cáceres, Sinop, entre outras, ao passo que o chamado “Campo Majoritário”, de Abicalil, tem força nas cidades de menor porte.

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