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Serys encerra sessão, “segura” CPI da Petrobrás e é atacada pela oposição

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Os senadores Arthur Virgílio (PSDB-AM), Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Sérgio Guerra (PSDB-PE) e o 1º secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI), protagonizaram um intenso debate em Plenário, no começo da noite desta quinta-feira (14), em torno da criação de uma comissão parlamentar de inquérito para investigar suspeitas de irregularidades na Petrobras. A 2ª vice-presidente do Senado, Serys Slhessarenko (PT-MT), assumiu a presidência dos trabalhos e encerrou a sessão, o que exaltou os ânimos dos senadores do PSDB, que questionaram Serys, Heráclito e a secretária geral da Mesa, Claudia Lyra, a respeito do procedimento.

Os três senadores do PSDB insistiram pela leitura do requerimento de criação da CPI, apresentado ontem com 32 assinaturas. Arthur Virgílio argumentou que a criação da comissão de inquérito é um direito das minorias, garantido pelo Regimento do Senado, e que deveria, portanto, ser respeitado.

Na presidência dos trabalhos em Plenário, Heráclito disse que convocaria uma reunião do colégio de líderes para a próxima segunda-feira (18) a fim de deliberar a respeito da criação da CPI. Recusando-se a ler o requerimento, apesar de também defender a criação da CPI, o 1º secretário pediu que fosse respeitado o acordo firmado no começo da tarde de hoje entre os líderes partidários para que, antes da criação da comissão de inquérito, o presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, fosse ouvido em uma reunião conjunta das comissões de Assuntos Econômicos (CAE), de Serviços de Infraestrutura (CI) e Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

O líder do PSDB argumentou que não estava na reunião de líderes que firmou o acordo acerca da audiência com Sérgio Gabrielli. Arthur Virgílio ainda disse que o 1º vice-presidente do Senado, Marconi Perillo, que se encontra em Goiás, já estaria voltando para Brasília a fim de assumir a presidência dos trabalhos – direito que lhe cabe em função do cargo que ocupa na Mesa – e fazer a leitura do requerimento.

o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) criticou duramente a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), 2ª vice-presidente, por encerrar a sessão quando ainda havia dois oradores inscritos: ele próprio e Tasso Jereissati (PSDB-CE). Eles pretendiam permanecer na tribuna até que o senador Marconi Perillo (PSDB-GO), 1º vice-presidente, voltasse de seu estado para lê-lo.

Para Arthur Virgílio, a decisão de Serys de encerrar a reunião foi amparada em conselho da secretária-geral da Mesa, Claudia Lyra, a quem classificou de “uma viúva funcional de Agaciel Maia”. O senador disse que pedirá ao presidente do Senado, José Sarney, o afastamento de Cláudia Lyra.

Arthur Virgílio também manifestou “decepção com os companheiros de oposição que se imolaram” ao “abrir precedente” que prejudicaria a minoria. Na opinião dele, “falta pouco para esse Congresso não poder se rebaixar mais”. O parlamentar disse também que não queria transformar o Plenário e uma “conversa de boteco”, mas apenas aguardar até que o 1º vice-presidente do Senado, Marconi Perillo, que é do PSDB, chegasse para ler o requerimento.

A senadora Serys negou que tenha encerrado a sessão logo após assumir a presidência dos trabalhos – para impedir a leitura do requerimento de instalação da CPI.
“Eu segui o Regimento Interno da Casa. Não havia mais nenhum inscrito para discursar e, por isso, encerrei a sessão”, afirmou Serys.

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