quinta-feira, 2/maio/2024
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Serys eleita presidente do PT e deve enfrentar Blairo ano que vem

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A senadora Serys Slhessarenko é a nova presidente do Partido dos Trabalhadores em Mato Grosso. Ela conquistou mais de 3.200 votos – ainda faltam ser computados os sufrágios dos petistas da cidade de Luciara, no Vale do Araguaia – para a homologação do resultado. Mais que vencer a disputa contra o “Campo Majoritário”, a senadora conseguiu viabilizar o seu projeto político, qual seja, a de ser candidata a governadora nas eleições do ano que vem. Vai enfrentar Blairo Maggi, candidato declarado a reeleição. “Que venha o PT” – reagiu.

A menos que haja surpresa de última hora – como foi o próprio Maggi em 2002 – a eleição de 2006 deverá ficar mesmo polarizada entre a candidata do PT e o governador. Até aqui, PSDB e PMDB, além do próprio PFL, que vive a “flertar” com uma candidatura própria, não esboçaram nenhum interesse mais profundo pela sucessão de Blairo: pelo menos, nenhum nome foi trabalho para tal. No quadro de hoje, uma ou outra candidatura “nanica” pode surgir no cenário, sem maiores complicações.

Em verdade, Serys já era candidata natural do PT ao Governo em 2006. No entanto, havia risco. O “Campo Majoritário”, dominado por Alexandre César, Carlos Abicalil e Ságuas Moraes amargam a derrota interna no partido baseada em duas frentes: a primeira, pelo desgaste do grupo em função do envolvimento de seus líderes em escândalos financeiros, como o Caixa 2 na campanha e o “mensalão”; a segunda, pela defesa mais intransigente do projeto nacional da sigla, que prevê a busca de aliados em quase todas as definições partidárias para sustentar a reeleição de Lula – o que inclui negociar a candidatura ao Governo.

A dúvida sobre o destino do PT em 2006 acabou. Serys é a candidata. E Maggi se diz pronto para a disputa. “Que venha. Pode vir. Quem quer disputar eleição não escolhe adversário. Não adianta” – disse, usando a mais velha de todas as receitas políticas. O governador se diz pronto até mesmo para o aprofundamento das críticas ao seu Governo. Aliás, tais críticas ao comportamento político-administrativo de Maggi vinha sendo feito sistematicamente por parte da senadora. Com a vitória nas eleições internas, Serys deverá levar organicamente o partido – e em caráter oficial – para a oposição.

“O Governo foi feito para criticar e também receber críticas dos adversários e ser elogiados pelos amigos” – salientou, ao analisar o quadro que se desenha a partir do PED do PT. Maggi confirmou a realização nesta segunda-feira de uma reunião entre o secretário-chefe da Casa Civil, Luís Antônio Pagot, o presidente do Diretório Regional do PPS, Roberto França; o presidente do Diretório Regional do PFL, Jaime Campos, e, ainda o senador Jonas Pinheiro (PFL). Na pauta, evidentemente, a aliança entre os dois partidos para 2006. Maggi não soube dar maiores detalhes do que eles discutiram, mas descartou a abertura de novos espaços em caráter partidário, uma das maiores reclamações do PFL.

Maggi sustentou a tese de que seu Governo “é apolítico”, ou seja, não tem cores partidárias. A dinâmica de ocupação dos cargos é diferente do que foi no passado, segundo ele. “Não vou fatiar o Governo” – frisou, ao lembrar que antigamente um partido administrava uma parte do Executivo. Isso acabou, garante. “Eu sou o comandante” – acentuou Maggi. Nos cargos públicos estão vários membros partidários, mas, segundo ele, o que vale é o perfil da pessoa. “Essa regra também vale para o próprio PPS” – salientou.

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