Os servidores do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) aprovaram uma paralisação, por um dia, em protesto contra as denúncias de corrupção no órgão. A assessoria de imprensa do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Sindsef) informou, ao Só Notícias, que o “indicativo de paralisação é nacional, pois foi tirado na plenária nacional da Condsef [Conselho dos Trabalhadores no Serviço Público Federal] do dia 6 de julho”. A manifestação acontecerá na quarta-feira (13).
O secretário geral da Condsef e diretor do Sintrasef, Josemilton Costa, afirmou, por meio da assessoria, que está na hora de “nomear pessoas que tenha moral ilibada e sejam profissionais das áreas. Tem que parar o balcão de negócios que se transformaram as indicações”. Ele também acrescentou que se de um lado os políticos fazem festa nos órgãos, tem também os servidores federais que são vítimas que pagam o pato. “É sempre assim. Os servidores de carreira ficam marginalizados pela mazelas que os corruptos de plantão cometem todos os dias. Este governo está dominado pelos grandes empresários”.
O diretor vai mais longe e diz que não adiantará nada nomear o ex-governador e senador de Mato Grosso, Blairo Maggi (PR), para o comando do Ministério dos Transportes, no lugar de Alfredo Nascimento. “Nesse caso, se troca seis por meia dúzia”, aponta nota oficial do sindicato. “A corrupção nunca saiu do Ministério dos Transportes e do Dnit. Enquanto os governantes não colocarem pessoas responsáveis e que conheça do assunto, veremos isto acontecer”, avaliou o sindicalista.
No dia 13, no Rio de Janeiro, está programada uma ação de repúdio à corrupção que acontecerá na rodovia Presidente Dutra, km 163, a partir das 9h (horário daquele estado). Em Mato Grosso, não foi informado se haverá algum tipo de manifestação por parte dos servidores.
Conforme Só Notícias já informou, Pagot deve dar esclarecimento hoje ao Senado sobre as denúncias de corrupção no Dnit. Ele está de férias do cargo, manobra utilizada para ganhar um fôlego no cargo. No entanto, assim que voltar ele deve ser exonerado pela presidente Dilma Rousseff. Além dele cairam o presidente da Valec, José Francisco, o “Juquinha”, o chefe de gabinete do ministro, Mauro Barbosa, e o ex-assessor do Ministério dos Transportes, Luiz Tito. O ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, não resistiu às denúncias e pediu demissão do cargo.