O senador José Medeiros (PSD) quer disputar a presidência do Senado. A eleição está marcada para fevereiro. De acordo com a assessoria do parlamentar, a candidatura, considerada “independente”, é apoiada por um grupo de dez senadores de diversos partidos (entre eles o DEM e o próprio PSD), que, por sua vez, buscam arregimentar novos simpatizantes para a ideia.
O grupo estaria descontente com a atual mesa, presidida por Renan Calheiros (PMDB). Também não concordaria com a chapa que possivelmente será encabeçada pelo senador Eunício Oliveira (PMDB-CE). Isso porque a candidatura do cearense seria apoiada pela bancada petista, em forma de “retribuição” à não cassação dos direitos políticos da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT). Medeiros é um dos principais opositores ao Partido dos Trabalhadores no Senado.
O acórdão, segundo publicação do jornal Folha de São Paulo, teria sido fechado em agosto, pouco antes da votação que selou a saída de Dilma da presidência. Segundo a reportagem, Renan Calheiros acordou com os senadores petistas Humberto Costa (PE) e Paulo Rocha (PA) o fatiamento do julgamento do impeachment, o que evitaria a perda dos direitos políticos de Roussef. Em troca, o PT, que tem a terceira maior bancada no Senado, apoiaria o PMDB na eleição da Mesa Diretora.
Só Notícias tentou contato com Medeiros. Ele, no entanto, está passando férias com familiares, no interior do Mato Grosso do Sul, e não atendeu, nem retornou as ligações.
