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Senador mato-grossense cobra apuração de denúncia sobre favorecimento de grandes frigoríficos e critica ministro

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Só Notícias (foto: Agência Senado/arquivo)

O senador Mauro Carvalho Junior (União) endossou a crítica contra o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro (PSD), por “favorecimento aos grandes frigoríficos” no processo de habilitação de empresas para exportação de carne para a China. “Temos que levar isso muito a sério. É uma falta de respeito do ministro da Agricultura, tirando frigoríficos menores e prejudicando empresários brasileiros”, manifestou o senador, ao cobrar apuração da denúncia levantada pelo senador Jayme Campos, durante reunião da Comissão de Meio Ambiente do Senado.

De acordo com Jayme Campos, ao produzir uma lista reduzida de frigoríficos habilitados à exportação de carne com a China, o Ministério da Agricultura e Pecuária incluiu um frigorífico, localizado em Diamantino, que está fechado desde junho deste ano, atingido por incêndio, o que evidenciaria o favorecimento aos grandes empresários.

O caso também foi denunciado na Câmara dos Deputados, pelo deputado federal Coronel Alberto Fraga (PL), no início do mês. Na tribuna, Fraga acusou Carlos Fávaro de favorecer frigoríficos e criar uma espécie de “cartel” no mercado de carne brasileiro, prejudicando frigoríficos de pequeno e médio portes. “É uma denúncia que tem que ser levada a sério. Foi incluída uma planta que pegou fogo”. “Para voltar a operação, essa planta vai levar de um a dois anos. E aí a colocam na lista e tiram outros frigoríficos menores, prejudicando empresários brasileiros, logicamente os pequenos, porque os grandes, não. Esses estão sempre bem contemplados”, criticou Mauro Carvalho.

O senador ainda afirmou que o caso da lista de exportação de carne é apenas um dos embates do Ministério da Agricultura e Pecuária com os produtores rurais. Mauro Carvalho lembrou que, ao invés de somar esforços com os produtores, Carlos Fávaro tem entrado em embates. No final de agosto, o ministro chegou a afirmar que a Associação dos Produtores de Soja (Aprojosa) teria perdido a legitimidade para debater certos temas relacionados ao campo.

“Tudo que está sendo feito no Ministério da Agricultura hoje é à revelia do agro. O agro não está sendo ouvido porque não existe ambiente e relacionamento entre o agro brasileiro e o Ministério da Agricultura. Justamente o Ministério que deveria unir, faz é desunir ao falar mal da Aprosoja e dos produtores rurais”, finalizou Mauro Carvalho.

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