O ex-governador e senador pelo do Distrito Federal, Joaquim Roriz (PMDB), divulgou hoje (25) nota à imprensa com sua versão sobre as denúncias veiculadas na imprensa, a partir de gravações feitas pela Polícia Civil do DF, envolvendo-o com supostos desvios de recursos do Banco de Brasília (BRB).
Segundo Roriz, a operação financeira foi um empréstimo feito junto ao empresário Nenê Constantino (dono da GOL) no valor de R$ 300 mil. Desse total, R$ 271.320 foram usados para o pagamento de uma bezerra adquirida da Associação de Ensino de Marília.
Na nota, o senador afirma que Nenê Constantino teria condicionado o empréstimo ao resgate do cheque emitido pela Agrícola Xingu S/A, no valor de R$ 2.231.155,60, para viabilizar a operação. Desta forma, o empresário teria recebido em espécie R$ 1.931.155. Roriz disse que o restante do empréstimo – R$ 28.680 – foi repassado “ao amigo” Benjamim Roriz, que estaria “com problemas de saúde na família”.
O parlamentar ressaltou que as informações divulgadas pela imprensa confundem, entre outras coisas, negociações privadas com desvios de recursos públicos. “O senador Joaquim Roriz rechaça com veemência as tentativas criminosas de confundir uma negociação normal, sem recursos públicos, entre pessoas físicas e jurídicas privadas, com investigações em curso na Polícia Civil e no Ministério Público do Distrito Federal”.
Joaquim Roriz afirmou, no final da nota, que “adotará enérgicas medidas judiciais cabíveis para apuração da responsabilidade civil e criminal dos envolvidos no referido vazamento ilegal dos diálogos”.
A nota do senador não explica por que a transação financeira foi feita via Banco de Brasília sendo que o cheque emitido por Nenê Constantino seria do Banco do Brasil, de acordo com as informações divulgadas pela imprensa.