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Senador de MT diz que deve ser feita proposta paralela na reforma da Previdência para Estados e municípios

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Só Notícias/Marco Stamm, de Cuiabá (foto: Jefferson Rudy/Agência Senado/arquivo)

O senador Wellington Fagundes (PR) disse que o Senado deve aprovar o texto da reforma da previdência que chegará da Câmara dos Deputados sem alterações. Segundo ele, é um acordo entre as Casas para não atrasar o desenvolvimento do Brasil, independente da condução política ideológica do presidente Jair Bolsonaro (PSL), que inclui também a reforma tributária. Outros temas, como a inclusão dos estados e municípios no texto da previdência devem ser tratados em uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que tramitará em paralelo.

“O Senado da República já tomou como condição e agora no segundo semestre nós vamos votar as duas reformas, a da previdência e a tributária. Espero que as duas consigam concluir, no Senado, em tempo rápido, até porque houve um compromisso de que o que foi votado na Câmara dos Deputados não será modificado no Senado e será feita uma PEC paralela para que se discuta outros assuntos, a exemplo da inclusão dos municípios e estados”, afirmou.

Além da reforma da previdência, Fagundes destacou a reforma tributária, que é mais importante em sua opinião e que também deve ser aprovada no segundo semestre. Ele credita a intenção de celeridade num esforço “para ajudar o Brasil” que tem feito, inclusive a oposição, ignorar algumas políticas ideológicas desastradas de Bolsonaro.

“Claro que o governo tem colocado a reforma da previdência como o ponto mais preponderante, mas eu não penso assim. Eu entendo que a reforma tributária é que vai dar mais condições para o governo simplificar o país. Hoje a carga tributária é muito grande e poucos pagam e aqueles que podem pagar muito às vezes pagam muito menos, hoje para abrir uma empresa no Brasil se leva muito tempo e para fechar é da mesma forma”, concluiu.

A estimativa do Mato Grosso Previdência (MT Prev) é que até o final de 2019 o déficit com aposentadorias e pensões dos servidores do Estado alcance R$ 1,3 bilhão, com base nos 12 meses, o que representa cerca de R$ 150 milhões a mais do que em 2018. Com contribuições previdenciárias, a autarquia arrecada em média R$ 170 milhões ao mês e tem como despesa cerca de R$ 260 milhões. O levantamento, divulgado este mês, mostra ainda que o déficit financeiro da previdência, ou seja, o valor retirado dos cofres do Estado para pagar aposentadoria de servidores estaduais, saltou cerca de 6 mil porcento nos últimos 10 anos. Em janeiro de 2009, o governo aportou R$ 1,3 milhão, já em junho deste ano, utilizou dos cofres cerca de R$ 112 milhões.

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