O senador mato-grossense José Medeiros (PPS), pediu, hoje, à ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, que abra diálogo com governadores da Amazônia Legal e o setor madeireiro, que limita a exploração e venda de algumas espécies de madeiras, como Cedro, Itaúba, Garapeira, Jatobá, Jequitibá e Cerejeira. A restrição passou a vigorar este ano e limitou atividades de indústrias madeireiras que estavam com projetos de manejo aprovados. “Faço um apelo à ministra, juntamente com os governos, para abrir o diálogo na busca de uma solução que permita ao setor madeireiro honrar os compromissos já assumidos e, ao mesmo tempo, garanta a preservação daquelas espécies mediante mecanismos de fiscalização e reflorestamento”, pediu o senador.
José Medeiros defendeu uma solução para o imbróglio, ao reconhecer o mérito da portaria. “Não obstante o espírito dessa medida, além de meritório, ser de fundamental importância para a preservação de tais espécies, não se pode ignorar a existência de madeiras que já foram extraídas e aguardam, nos pátios das fazendas, a liberação para sua comercialização, o que foi vedado por essa portaria”, destacou o parlamentar.
Ele lembrou que o governador de Mato Grosso, Pedro Taques, já está empenhado em reivindicar a revogação da medida. Isto, por considerar que do modo como a portaria foi redigida irá prejudicar, e muito, as madeireiras.
Conforme Só Notícias já informou, vereadores sinopense aprovaram uma moção de apelo ao governo do estado e Secretria de Meio Ambiente (Sema) para que gerenciem junto ao Ministério do Meio Ambiente a revogação da portaria que reconhece espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção, e automaticamente proíbe a coleta, corte, transporte, armazenamento, manejo, beneficiamento e comercialização das mesmas, praticamente inviabilizando a atividade madeireira no Estado, em especial na região Norte.
De acordo com a moção, em Mato Grosso há um manejo florestal que visa a preservação das espécies, e o Ministério do Meio Ambiente expediu a referida portaria sem nenhum estudo prévio da região e sem sequer ouvir o setor, sendo que agora vários produtos que foram retirados com a autorização da Sema podem ser apreendidos.