quinta-feira, 28/março/2024
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Senador de Mato Grosso pede demissão do presidente Banco Central

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O senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) pediu hoje, da tribuna do Senado, o afastamento do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, até que sejam esclarecidas as denúncias do Procurador Geral de sonegação, lavagem de dinheiro e crime eleitoral.

“O senhor Meirelles precisa agir com grandeza e pedir demissão. As denúncias tornaram a sua posição insustentável. O governo finge que está tudo bem, mas não está. O presidente do Banco Central precisa ser limpo e o sr. Meirelles está mais sujo do que pau de galinheiro”, afirmou o senador mato-grossense.

O pronunciamento de Antero provocou um debate no plenário do Senado. Em nome do governo, o senador Tião Viana (PT-AC) defendeu o presidente do Banco Central e disse acreditar na inocência dele frente às denúncias do Procurador Geral da República.

“Eu também acho que o presidente do Banco Central tem o direito de se defender. Por isso é que proponho o seu afastamento do cargo até que sejam realizadas as investigações. Se eu acreditasse que ele é culpado das acusações que pesam contra ele, eu estaria recomendando a sua prisão e não a demissão” – respondeu o senador tucano.

Antero lembrou que desde julho do ano passado circulam na imprensa denúncias de que Henrique Meirelles teria sonegado impostos e omitido em suas declarações de renda a propriedade das empresas Silvânia Empreendimentos, Silvânia One, Silvânia Two e outras sociedades abertas em paraísos fiscais. Até hoje essas acusações não foram desmentidas e o presidente do Banco Central não esclareceu as denúncias.

“Num país sério, ele já teria sido afastado de suas funções. Mas aqui no Brasil não acontece nada. Em lugar de demiti-lo ou de exigir as explicações necessárias, o governo preferiu blindá-lo com o status de ministro, através de uma medida provisória, para protegê-lo das investigações”, acrescentou o senador Antero Paes de Barros.

O senador Antero lembrou que, desde que o procurador Fonteles pediu ao STF que abra inquérito contra o presidente do BC, Meirelles não deu nenhuma declaração. Limitou-se a divulgar apenas uma nota oficial na qual afirma que encara com “tranqüilidade e serenidade” o pedido do Ministério Público. “Ele tem tanta tranqüilidade que ontem driblou o cerco de jornalistas em frente ao Ministério da Fazenda, saindo pelos fundos e no carro dos seguranças. Diante desses fatos, não é possível que o governo do PT prefira fingir que nada de grave esteja acontecendo

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