O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), confirmou que será inserida na pauta da sessão de hoje à tarde, a votação da indicação do ex-secretário de Infra-Estrutura de Mato Grosso Luiz Pagot para assumir a presidência nacional do DNIT – Departamento Nacional de Infra-Estrutura, ligado ao Ministério dos Transportes. Será a segunda tentativa de votar, em plenário, a indicação.
Ontem, conforme Só Notícias antecipou, PSDB e DEM obstruíram a votação e faltou quórum. Com a saída dos tucanos e democratas da sessão, 38 senadores governistas ficaram em plenário – além de Jaime Campos e Jonas Pinheiro (DEM), que foram liberados pela cúpula do partido para votarem pois a indicação interessa a Mato Grosso e é o principal cargo no governo Lula destinado ao Estado. O quórum mínimo é de 41 senadores – faltam 3 votos para a aprovação.
A obstrução da oposição ontem teve três motivos: a permanência de Renan Calheiros na presidência das sessões, outros projetos do governo onde não há consenso e o fato de Pagot ter acumulado cargo de assessor no Senado e em uma empresa no Amazonas, entre 1995-2002. O maior ‘adversário’de Pagot no Senado tem sido o senador paraense Mario Couto (PSDB) que chegou a classificar Pagot de “fantasma” e disse que renunciaria seu mandato se Pagot fez a escolha de menor jornada de trabalho, para acumular as duas funções, como determina a lei. O senador Jonas Pinheiro (DEM) defendeu Pagot dizendo que ele desempenhava assessoria fora do gabinete e que é prerrogativa do senador decidir onde o auxiliar trabalhará.
Há 6 meses Pagot foi indicado por Lula para assumir o DNIT. Nos bastidores, políticos interessados em indicar aliados para o cargo e alguns empreiteiros articularam outras indicações para evitar a nomeação de Pagot. Na Comissão de Infra-estrutura, onde houve demora de 4 meses para ser sabatinado, também houve votos contrários do PSDB pelo fato do acúmulo de informações e do cso não ter sido informado no currículo que Pagot enviou ao Senado.
A indicação de Pagot faz parte do acordo entre Lula e Blairo. O governador apoiou o presidente, em Mato Grosso. Nos dois turnos, Lula perdeu para Alckmin.
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