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Senado mantém decisão do STF de prender senador; mato-grossenses foram favoráveis

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O Senado teve, esta noite, uma sessão histórica e decidiu, por 59 votos a 13, manter a prisão o do senador e líder do Governo Dilma no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), ordenada pelo Supremo Tribunal Federal. Delcidio foi preso esta manhã, em Brasília. A Constituição determina que o Senado tem que julgar a decisão do STF em caso de senador preso no exercício do mandato. Para derrubar a decisão judicial e soltar Delcídio seriam necessários 41 votos.

Delcídio é acusado de obstruir o trabalho da justiça, na operação Lava Jato, de dar R$ 50 mil mensais para a família do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, que está preso, em troca de não ser acusado em delação premiada (Delcidio foi diretor da Petrobras) e também de ajudar tramar plano de fuga para Cerveró deixar o país, além de dizer que teria conversado com ministros do STF sobre a liberdade de Cerveró. As gravações das conversas foram entregues ao Ministério Público, que pediu a prisão de Delcidio.

O Senado iniciou a sessão discutindo se a votação, para soltar ou manter Delcidio preso, seja secreta ou fechada. Vários parlamentares pediram sessão aberta, dentre eles dois mato-grossenses, José Medeiros e Blairo Maggi. 52 votaram pela votação aberta e 20 para ser secreta.

Blairo disse que "é muito constrangedor para mim estar nessa sessão, hoje. Não tenho vocação pra pomotor, juiz, pra julgar as pessoas. Me sinto mal em julgar as pessoas. Mas entendo que o eleitor tem a necessidade e, nós a obrigação, de mostrar o voto que vamos dar aqui. Fiquei perplexo com a notícia. Não sei como poderemos votar contra decisão do STF. Decisão judicial tem que ser cumprida. E pelas coisas que foram ditas, não restou nenhuma alternativa para os juízes da corte federal a não ser a que tomaram. Lamento muito pelo ex-líder que teve convivência harmoniosa. Quero defender o voto aberto porque eleitor do meu Estado merece saber minha posição".

José Medeiros, líder do PPS, reforçou posicionamento de Cristovam Buarque (PDT-DF) e defendeu voto aberto. Medeiros lamentou a prisão do líder do governo. Ele citou, em seu discurso, trecho bíblico sobre adultério ao comparar a situação de Delcídio. "A pena era apedrejamento. Jesus falou o seguinte: quem não tiver pecado que atire a primeira pedra."

(Atualizada às 20:31hs)

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