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Senado deve criar comissão para acompanhar queimadas que estão destruindo Pantanal em Mato Grosso

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Redação Só Notícias (foto: assessoria/arquivo)

Uma comissão especial para acompanhar a situação do bioma pantanal, ameaçado pelo fogo em Mato Grosso deverá ser criada pelo Senado Federal. A proposta é do senador mato-grossense Wellington Fagundes (PL), que é membro da Comissão de Meio Ambiente e deve incluir também senadores de Mato Grosso do Sul. A votação será na próxima terça-feira. Em seguida, os senadores devem visitar a região para verificar a situação das queimadas, que já consumiram mais de 560 mil hectares nos últimos 40 dias.

De acordo com a assessoria, a comissão de senadores deve começar a visita pela região de Poconé (103 quilômetros de Cuiabá), onde há muitos focos de queimadas. A fumaça tem invadido as cidades e provocando o aumento considerável de doenças respiratórias.

A proposta é verificar com vários segmentos (cientistas, organizações não governamentais, proprietários rurais e comunidades tradicionais), qual a origem do problema e o que pode ser feito para evitar as queimadas criminosas e desenvolver ações para o desenvolvimento sustentável da região.

Mesmo caracterizado como um bioma que possui estações seca e chuvosa fortemente demarcadas, com maior frequência de focos de incêndio no período da seca (agosto a outubro), o aumento do registro de queimadas entre os meses de janeiro a agosto de 2020 (não somente no Pantanal, mas também na Amazônia Legal) em comparação com os anos anteriores, tornou-se um dos assuntos mais discutidos no Brasil e no exterior, tendo em vista os riscos para o meio ambiente e a biodiversidade desses ecossistemas únicos.

O Pantanal, apesar de sua importância ambiental e seu potencial turístico, possui apenas 4,6% de seu território protegido por unidades de conservação, segundo o Ministério do Meio Ambiente (MMA). No entanto, 80% da área desse bioma encontra se preservado. Além disso, o senador cita que o bioma representa uma das mais importantes reservas da biosfera do mundo e atrai, por suas belezas, milhares de visitantes por ano. “Estamos falando de um patrimônio da Humanidade” – citou.

O trabalho de combate aos incêndios no Pantanal envolve 110 agentes públicos. Entre eles, brigadistas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Outros 200 brigadistas voluntários também estão na região.

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