PUBLICIDADE

Senado aprova Marco Temporal sobre terras indígenas e projeto vai à sanção ou veto de Lula; “dia histórico”, diz Jayme

PUBLICIDADE
Redação Só Notícias (foto: Só Notícias/Guilherme Araújo - atualizada 08:07h em 28/9)

O Senado aprovou, hoje, o projeto que regulamenta os direitos originários indígenas sobre suas terras, encerrando “uma tramitação que já durava 17 anos”, conforme lembrou o senador mato-grossense Jayme Campos (União), durante a votação em plenário. Foram 43 votos a favor e 21 contrários. Entre os principais pontos do projeto é de autoria do ex-deputado Homero Pereira, que faleceu em 2013, o texto só permite demarcar novos territórios indígenas nos espaços que estavam ocupados por eles em 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal — tese jurídica que ficou conhecida como marco temporal para demarcação de terras indígenas. O projeto também prevê a exploração econômica das terras indígenas, inclusive em cooperação ou com contratação de não indígenas.

“Este é um momento histórico do Senado. É um momento ímpar, na medida em que nós estamos dando segurança jurídica, evitando qualquer conflito no campo”, disse o senador mato-grossense, um dos entusiastas da matéria. Na opinião do senador Jayme Campos, a aprovação do Marco Temporal faz também o Senado reassumir suas prerrogativas. Ele disse que o projeto é uma forma de respeitar os produtores rurais e os indígenas, levando segurança e paz ao campo.

Segundo Jayme, a aprovação do projeto também representou o respeito aos produtores rurais e aos povos indígenas, que, segundo ele, querem “oportunidade, saúde, educação, segurança alimentar”. Ademais – ele acrescentou – “o que falam por aí é ‘conversa de bêbado para delegado’, a mentira deslavada daqueles que querem continuar usurpando os povos indígenas às custas da intranquilidade de todo país”. Em seu discurso, ele fez questão de homenagear o autor do projeto, Homero Pereira, a quem classificou como “um grande brasileiro”.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, reafirmou seu compromisso com a tramitação da matéria. Ele disse que não houve, por parte da Presidência da Casa, nenhum “açodamento” para apressar a votação. O presidente ainda defendeu que o Congresso Nacional se posicione sobre questões importantes para o país. Pacheco reafirmou seu respeito a todos os setores, negou que a aprovação do projeto seja um enfrentamento ao STF e pediu foco na conciliação e no respeito entre os Poderes.

O projeto segue agora para a sanção ou veto do presidente Lula.

Conforme Só Notícias já informou, o marco temporal foi declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em votação na semana passada. A decisão foi criticada pelo governador Mauro Mendes, que enxergou um “desrespeito” ao Congresso Nacional.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

MP constata precariedade no saneamento em escolas de 20 municípios de Mato Grosso

Uma realidade alarmante foi constatada nas fiscalizações realizadas pelo...

Últimos vagões do VLT são transferidos de Mato Grosso

A secretaria de Infraestrutura e Logística informou que os...

Jucemat repudia mudanças da Receita Federal na abertura de CNPJ; ‘retrocesso’

O plenário da Junta Comercial de Mato Grosso (Jucemat)...

Miguel se licencia e vice assume prefeitura de Lucas do Rio Verde por 15 dias

O vice-prefeito Joci Piccini assumirá, a partir deste sábado...
PUBLICIDADE