sexta-feira, 26/abril/2024
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Selma usa rede social para deslegitimar imprensa e justificar sumiço após eleição

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Só Notícias/Marco Stamm (foto: Alair Ribeiro/arquivo)

A senadora eleita Selma Arruda (PSL) tentou deslegitimar a imprensa, esta semana, para justificar sua ausência das redes sociais e do contato direto com os eleitores desde que terminou a campanha eleitoral. Ontem ela fez um bate-papo ao vivo numa rede social e admitiu que as denúncias contra ela feitas por adversários políticos, e algumas “fofocas” da imprensa, deixaram-na “prostrada” e “quase deprimida”. A ex-juíza fez algumas defesas, sem ser questionada por jornalistas, e disse que se precisar, vai fazer “lives” todos os dias para falar diretamente com a população. Apesar de se posicionar como vítima de uma espécie de cruzada, Selma disse que não deixará de atender à imprensa, principalmente para tirar dúvidas e para confirmar ou negar informações.

“Eu não confio em boa parte dos veículos de comunicação de Mato Grosso. Vocês sabem que não são todos, mas muitos veículos de comunicação são tendenciosos, muitos trabalham diante de interesses escusos, mediante paga. Eu tentei, por várias vezes, me comunicar com os eleitores através de sites e de jornais impressos, ou mesmo digitais, mas, infelizmente, eu não consegui falar exatamente o que está acontecendo para que vocês saibam efetivamente como está a situação”, alegou.

Como ex-magistrada, Selma disse entender que precisa ser investigada pela justiça, mesmo “que seja inocente”, mas admitiu que ficou abalada com as denúncias de Caixa 2, promovidas pelo advogado Sebastião Carlos (Rede), que foi seu adversário no pleito, de ter gastado acima do teto durante a campanha e de outras notícias repercutidas na imprensa.

“Mas eu recebi conselhos de amigos: ‘Selma, vai lá, fala a respeito, conversa com as pessoas, conta o que está acontecendo, porque as pessoas te apoiam. Você foi eleita por quase 700 mil eleitores e você tem o dever e o direito de falar com eles diretamente, sem intervenção de mídia comprada, sem intervenção de ninguém’. E como é que eu falo com vocês diretamente, pessoal? Aqui na live”, enfatizou.

Ao melhor estilo Bolsonaro e Donald Trump, Selma comparou a situação a uma guerra patrocinada por políticos de esquerda. “Eu não tenho a mínima dúvida de que nós vamos entrar numa guerra muito acirrada daqui para frente. A esquerda perdeu? Perdeu, mas não morreu, eles não estão mortos e vão continuar fazendo o que podem, unidos à boa e velha política podre que botou este país na derrocada. Vão se unir para tentar nos derrotar”, analisou.

Selma também usou a live para se defender das acusações. Negou que tenha gastado acima do teto de R$ 3 milhões imposto pela legislação eleitoral, reclamou de algumas notícias com fontes anônimas e foi enfática na defesa da acusação de Sebastião Carlos, que a acusa de abuso de poder econômico e de Caixa 2, mostrando cheques emitidos por Selma no período de pré-campanha. A denúncia se baseia num processo de cobrança promovido pelo marqueteiro Júnior Brasa, com quem a ex-juíza admitiu ter trabalhado, sem contrato, desde o final de março.

“Para não ficar recebendo dinheiro de setores com os quais, depois, eu ficaria atrelada, amarrada, e não poderia ser uma parlamentar livre, eu optei por ter um suplente que tivesse que tivesse condições de arcar com estas despesas. Então eu conheci, gostei, entrevistei e aprovei a figura do Gilberto Possamai, que é o meu primeiro suplente. E o Gilberto Possamai financiou toda a campanha. Então, desde abril, desde a contratação desta empresa de marketing, e esses caras são muito caros, ele [Possamai] depositou dinheiro na minha conta e eu paguei com cheques nominais a esta empresa. Não nos termos do contrato que a empresa diz que fez comigo, porque não fez contrato nenhum, mas conforme eu achava que deveria pagar os serviço que eles foram prestando”, explicou.

Experiente no julgamento dos casos de corrupção, Selma negou que a emissão dos cheques configurem utilização de Caixa 2. “Não se mexe com dinheiro ilícito dando cheque nominal. Isso eu estou falando desde o primeiro dia em que estão tentando me acusar de ter agido ilicitamente. Não se faz Caixa 2 com cheque nominal, não se faz Caixa 2 com dinheiro saído da sua conta. Caixa 2 o pessoal faz, e fez muito nesta campanha, é com dinheiro vivo, mala de dinheiro”, concluiu.

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