Durante coletiva de imprensa que marcou sua saída da Secretaria de Estado de Infraestrutura, Vilceu Marchetti, afirmou que das nove empresas que participaram da venda de caminhões e maquinários do programa MT 100% Equipado, seis devolveram os recursos recebidos indevidamente. Dos R$ 26 milhões gastos a mais na compra, segundo as investigações, R$ 7,2 milhões voltaram para os cofres públicos.
O dinheiro devolvido pelas empresas será utilizado para abater o empréstimo feito junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). De acordo com o governo do Estado, devolveram os recursos as empresas Tecnoeste no valor de R$ 400 mil; Dimaq, R$ 1,6 milhão; Dimeco, R$ 1,4 milhão; Rodobens, R$ 472 mil; Cotril, R$ 2,4 milhões e Tork Sul, R$ 861 mil.
A reportagem da TVCA também revelou que a Extra Caminhões Ltda., uma das empresas que venderam caminhões para o governo do Estado, teria vencido ilegalmente a licitação de um dos nove lotes de equipamentos. A empresa vendeu 95 veículos e faturou R$ 24 milhões. Levantamentos do Ministério Público Estadual (MPE) indicam que a empresa não poderia ter participado da licitação pelo fato de dever ao Estado o montante de R$ 3,5 milhões, referente ao não recolhimento de Imposto sobre a Circulação de Mercadorias (ICMS).