PUBLICIDADE

Secretário cita débito de R$ 300 milhões na Saúde e diz que governo apresentará plano para quitar dívidas de hospitais

PUBLICIDADE

O secretário de Fazenda, Gustavo de Oliveira, comentou hoje, em entrevista à rádio Capital FM, de Cuiabá, a crise na área da Saúde em Mato Grosso. Ele alegou que a atual gestão recebeu um débito de cerca de R$ 300 milhões na Secretaria Estadual de Saúde, ao assumir o governo, no início de 2015. “Muito disso foi pago, mas ainda falta um ‘pedaço’. O que me admira é que muitas pessoas que, em outros tempos ficavam quietas, agora acham que ‘tudo é um absurdo’. Temos acompanhado o que aconteceu antes do governador assumir o Estado. Estas pessoas têm que explicar por qual motivo mudaram de comportamento”.

Questionado sobre a crise no Hospital Regional de Sinop, onde a Organização Social de Saúde (OSSs) responsável pela administração alega falta de repasses e funcionários ameaçam paralisar atividades, e outras unidades médicas do Estado, Gustavo garantiu que o governo fará o pagamento em breve. “Tivemos reunião ontem à noite, com governador e secretário de Saúde. Identificamos débitos prioritários e o Taques vai apresentar, nos próximos dias, um plano para quitação destes passivos nos principais hospitais do Estado. Eventualmente, serão feitos cortes em outras áreas, que precisarão fornecer recurso para a prioridade do governo que é a Saúde”.

Ainda conforme Gustavo, o governo aguarda o pagamento do Auxílio Financeiro para Fomento das Exportações (FEX) para “equacionar” as contas do Estado. “Estivemos em Brasília pedindo recursos devidos a Mato Grosso. O governo federal se sensibilizou com o pedido e prometeu celeridade ao pagamento do FEX. Esperamos que os recursos cheguem até novembro. Até lá, é priorizar as áreas essenciais”.

Gustavo ainda criticou o que chamou de “desarranjo” nas contas públicas causado pela judicialização na área da Saúde. “Este caminho já foi claramente percorrido por outros Estados e vimos o que aconteceu. Basicamente, um descontrole, um desarranjo ainda maior nas contas públicas. Quando bloqueia a conta única do Estado, este dinheiro sai de outra prioridade que estava escolhida. Ninguém sabe dizer quando vai acontecer ou qual valor será bloqueado. Vira uma bola de neve. Se o caminho for o da judicialização, vamos viver tempos muito mais difíceis”.

Conforme Só Notícias já informou, vereadores fizeram solicitação à prefeita Rosana Martinelli (PR) para que decrete situação de emergência na saúde, devido a situação do hospital regional. Ela ainda não se manifestou.

Nesta terça-feira, um grupo de aproximadamente 150 pessoas, entre representantes de entidades e lideranças políticas, bloquearam a BR-163, no bairro Alto da Glória (saída para Sorriso), para forçar o governo estadual a resolver o problema financeiro do Hospital Regional e também dos hospitais de Sorriso e Colíder que estão com atrasos. Foram colocados pneus e ateado fogo. O bloqueio durou cerca de uma hora. Durante esse período caminhões e veículos não passaram. Uma equipe da concessionária que administra a rodovia apagou o fogo, limpou a pista e o tráfego foi normalizado.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

PUBLICIDADE