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Secretário adjunto se contradiz durante depoimento à CPI da Sema

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Inseguro, o secretário-adjunto de Meio Ambiente, Batilde Jorge Abdala, respondeu hoje, por cerca de duas horas, várias perguntas feitas pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre possíveis irregularidades na pasta. No início da audiência, Abdala teria afirmado que, além do salário de R$ 3,5 mil mensais, que recebia na Sema, também teria outro rendimento como superintendente jurídico durante ausência de Cezar Augusto D’Arruda, que protocolou pedido de férias. Ao ser questionado sobre o acúmulo de funções, já que ao assumir cargo público não poderia exercer outra atividade profissional, o secretário limitou-se a dizer que não estava exercendo dupla função e que a mesa diretora da CPI não tinha compreendido suas explicações, informou o Rdnews.

Sobre a lotação funcional na secretaria, assegurou que são 10 superintendências, 700 funcionários entre comissionados e efetivos e 12 regionais. “Porque tantos funcionários e demasiada demora na liberação dos procedimentos?”, questionou o presidente da CPI, deputado José Riva. Bathilde concordou com remanejamento de assessorias.

Também demonstrou-se nervoso ao ser questionado pelo vice-presidente da comissão, deputado Walter Rabelo (PMDB) se, eventualmente, assina documentos sem saber o conteúdo. Demonstrando certa irritação, ele rebateu afirmando que Rabello não havia entendido suas explicações quando havia dito que assinou um determinado processo sem saber o teor do conteúdo. Ao ser consultado se o grande vilão dos desmatamentos são os madeireiros, enfatizou negativamente. “Não. Não são os madeireiros. Em minha opinião são os agricultores e pecuaristas”, afirmou, por meio da assessoria.

O secretário-adjunto confirmou a falta de estrutura física da secretaria para prestar os serviços de gestão florestal no Estado. Também foi questionado sobre o número de assessores que tem. O presidente da CPI, José Riva, chegou a sugerir que ele fizesse remanejamento para setores onde há carência de decisões mais rápidas da secretaria, como no despacho dos projetos de manejo para extração de matéria prima.

Ele foi o segundo a ser ouvido pela comissão. O secretário Luiz Daldegan foi interrogado, no mês passado, e também confirmou a falta de estrutura da pasta.

(Atualizada às 16h14)

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