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Sebastião nega “armação eleitoral” ao denunciar suposto caixa 2 de Selma Arruda

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Só Notícias/Marco Stamm (foto: arquivo/Gazeta Digital)

O candidato ao Senado Sebastião Carlos (Rede) rebateu as declarações da ex-juíza Selma Arruda (PSL), sua adversária na disputa, que ele teria feito uma “armação eleitoral” ao denunciar a existência de um possível caixa 2 na sua campanha com a divulgação de alguns cheques que emitiu para agência de publicidade . “Faço isso, primeiramente como candidato prejudicado. Isso pode me beneficiar, mas vai beneficiar o conjunto de candidatos. Só lamento que outros candidatos também não tenham apresentado a reclamação. Também faço como advogado, que precisa preservar a legislação, e como cidadão”, declarou ao Só Notícias.

Selma também acusou Leitão por suposto envolvimento na denúncia. Por intermédio da assessoria de imprensa, Nilson Leitão declarou que “antes de me usar mais uma vez para desviar o foco, Selma tem que explicar para os eleitores dela os cheques assinados por ela em período vedado pela justiça eleitoral”.

A representação feita no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Mato Grosso se baseia numa ação cível de cobrança movida pela agência que prestava serviço para a campanha da magistrada aposentada. O proprietário da Genius Publicidade, Luiz Gonzaga Rodrigues Júnior, conhecido como Júnior Brasa, cobra pouco mais de R$ 1,1 milhão e apresenta cheques no valor de R$ 700 mil assinados por Selma e pelo seu suplente, Gilberto Possamai, emitidos durante a pré-campanha, período em que apenas os partidos poderiam pagar estas despesas.

Selma acusa Júnior Brasa de extorsão e diz que vai fazer uma queixa-crime contra o empresário, além de levantar suspeita sobre o advogado da empresa, José Antônio Rosa, que também trabalha para a campanha do PSDB.

Júnior disse que faz uma cobrança judicial e que não apontou, nem pretende apontar, a existência do caixa 2. Segundo ele, o advogado José Antônio Rosa faz a defesa da sua empresa há mais de dois anos e o fato de estar na coligação de Leitão é uma coincidência. “Não fui eu que apontei a existência de caixa 2. Particularmente não entrei neste mérito e nem pretendo. Ela [Selma Arruda] rompeu o contrato comigo e estou cobrando. Se cobrar é chantagear, então fiz chantagem. O que fiz foi cobrar eles insistentemente”, justificou.

Conforme Só Notícias já informou, Sebastião Carlos ingressou com uma ação de investigação no TER pedindo  busca e apreensão na casa de Selma e de seus suplentes, Gilberto Possamai e Clérie Fabiana, bem como a quebra de sigilo bancário de todos. Além disso, requer a cassação do registro da chapa, a inelegibilidade nos próximos 8 anos e a negativa de emissão do diploma caso a candidata e suplentes sejam eleitos.

Além do possível caixa 2, Sebastião Carlos aponta que houve abuso de poder econômico que pode comprometer “a normalidade e a legitimidade das eleições”, uma vez que Selma Arruda obteve “vantagem” diante dos concorrentes, em razão de ela ter iniciado a campanha antes dos demais.

“A antecipação dos gastos leva à massificação do nome da concorrente a destempo, prejudicando aqueles que, seguindo a norma, não lhes foi oportunizado se imiscuir na vida e na consciência dos eleitores há tanto tempo, como fez a Requerida. Sem sombra de dúvidas o tempo de exposição e a sua preparação de forma antecipada confere a ela uma largada para o período antes dos demais, violando o princípio da isonomia”.

Sebastião Carlos requereu a quebra do sigilo bancário dos candidatos da chapa, a fim de se evidenciar a origem dos recursos utilizados para quitar os cheques emitidos e que sejam colhidos os depoimentos de 5 profissionais que atuaram na empresa de publicidade durante a prestação de serviço para Selma Arruda.

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